Dentro de um mês, quando o novo ano letivo começar, só os alunos mais pequenos vão conseguir entrar na escola sem máscara, já que a partir do 2.º ciclo, o seu uso é obrigatório.
“A máscara vai ser o material escolar mais importante, porque sem ela, ficam impedidos de entrar na escola. Os manuais são essenciais, mas conseguem entrar na escola se os deixarem em casa, o mesmo não vai acontecer com a máscara”, alertou Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), em declarações à Lusa.
Segundo números avançados pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, o Governo vai gastar cerca de sete milhões de euros para garantir máscaras e outros equipamentos de proteção individual às escolas para o regresso às aulas em setembro.
As escolas já receberam as verbas para comprar o material que será disponibilizado gratuitamente pelos alunos e funcionários: será um ‘kit’ com três máscaras laváveis que servirão para o primeiro período de aulas, uma vez que “cada máscara pode ser lavada 25 vezes”, explicou Filinto Lima.
Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional dos Dirigentes Escolares (ANDE), acrescentou que é preciso abrir concursos públicos para escolher a empresa a quem irão comprar as máscaras e outros materiais, acreditando que dentro de um mês estará tudo pronto para receber os alunos em segurança.
Para garantir que ninguém fica impedido de entrar no recinto escolar, as direções já estão a planear soluções, tais como ter máscaras na papelaria da escola.
Além das máscaras, quando as aulas começarem, as escolas terão também equipamentos individuais de proteção, que vão desde aventais a luvas e viseiras a soluções à base de álcool.
Os equipamentos de proteção individual também já tinham sido garantidos no final do passado ano letivo, quando as escolas reabriram para receber os alunos do 11.º e 12.º anos de escolaridade.
As aulas do próximo ano letivo começam entre os dias 14 e 17 de setembro, estando previsto um arranque com ensino presencial, mas as escolas estão a preparar-se para o caso de terem de avançar para um sistema de ensino misto ou à distância, consoante a evolução da pandemia de covid-19.
No passado ano letivo, o Governo decidiu encerrar todos os estabelecimentos de ensino e em meados de março os alunos deixaram de ter aulas presenciais e passaram a ter à distância.
Apenas os estudantes mais velhos – do 11.º e 12.º anos – regressaram às escolas no terceiro período para voltar a ter aulas presenciais.
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