Numa experiência conduzida pela universidade de Emory, em Atlanta, Estados Unidos, foi dada a pais recentes a hormona, o que fez aumentar a atividade cerebral nas zonas associadas aos sentimentos de empatia e recompensa.
O principal autor do estudo, publicado hoje na revista Hormones and Behavior, James Rilling, afirmou que a pesquisa sugere que "a oxitocina, conhecida pelo papel na criação de laços sociais, poderá um dia ser usada para normalizar défices na motivação paternal".
"Interessou-nos perceber porque é que alguns pais se envolvem mais a cuidar dos filhos do que outros", afirmou Rilling, referindo que para conseguir isso é preciso "um retrato claro da neurobiologia e dos mecanismos neuronais" que estão por trás desse comportamento.
A oxitocina é considerada uma hormona maternal, uma vez que é libertada na corrente sanguínea durante o trabalho de parto e a amamentação e facilita o nascimento, a criação de laços com o bebé e a produção de leite materno.
A equipa de Rilling usou ressonâncias magnéticas para comparar a atividade cerebral de homens com e sem doses de oxitocina, administrada através de um spray nasal.
Todos eram pais de crianças entre um e dois anos e a todos foram mostradas fotografias dos filhos, de crianças desconhecidas e de adultos desconhecidos.
Nos que tinham recebido a dose de oxitocina, aumentou a atividade cerebral nas zonas associadas com a empatia e a recompensa, sugerindo que a hormona estimula estes sentimentos e a vontade de prestar atenção aos filhos.
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