O serviço de prevenção e controlo dos fogos florestais da região "declarou que o incêndio de Las Hurdes está estabilizado", disse o governo da região espanhola, para onde foram enviados também bombeiros portugueses.

"A situação do incêndio florestal de Pinofranqueado é melhor do que ontem e a evolução meteorológica pode ajudar com o passar das horas", acrescentou o presidente da região, Guillermo Fernandez Vara, nas redes sociais.

Segundo dados obtidos pelo satélite europeu Copernicus, ardeu uma área de quase 12.000 hectares, mais do que a estimativa das autoridades regionais, de 8.500 hectares.

Durante a manhã, o coordenador da proteção civil, Nieves Villar, mostrou otimismo numa conferência de imprensa, referindo que havia pouco vento na zona e que estavam a ser mobilizados muitos homens e recursos para conter o fogo.

Os bombeiros portugueses juntaram-se aos seus colegas espanhóis, explicou o coordenador, sublinhando que havia "mais de 600 participantes".

Embora o Verão, período em que é mais provável a ocorrência de incêndios florestais, ainda não tenha chegado, Espanha já sofreu vários, tendo sido o país mais afetado da Europa em 2022, com quase 500 incêndios, que consumiram mais de 300 000 hectares, de acordo com o Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS).

Sendo um país europeu na linha da frente das alterações climáticas, a Espanha tem vindo a registar um aumento das ondas de calor desde há vários anos, com chuvas cada vez mais escassas e irregulares.

O primeiro trimestre deste ano foi o mais "seco" desde que há registos, em 1961, segundo a Agência Meteorológica Nacional.

À acentuada falta de precipitação, juntou-se uma vaga muito precoce de temperaturas extremas no final de abril, que atingiu um recorde absoluto para aquele mês em Espanha continental de 38,8ºC, um nível mais típico de meses de verão como julho ou agosto.

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