“A única coisa que eu tenho a lamentar é que os outros partidos da oposição não tenham a mesma postura construtiva [do Livre]”, lamentou o primeiro-ministro no debate sobre o Estado da nação, no parlamento.
António Costa respondia ao deputado único do Livre, Rui Tavares, que na sua intervenção elencou um conjunto de medidas que o partido conseguiu ver aprovadas no parlamento como o programa de combate à pobreza energética ‘3C’ (Casa, Conforto e Clima), Passe Ferroviário Nacional, ou o programa piloto da semana de trabalho de quatro dias.
Tavares questionou ainda o primeiro-ministro sobre se vai voltar a reunir-se com os partidos (à exceção do Chega) à semelhança do que fez no início da sessão legislativa.
“Sempre que quiser reunir comigo, tem o meu telemóvel há muitos anos, é só marcar”, respondeu António Costa.
O primeiro-ministro reconheceu ainda que o Governo “não está a fazer tudo, mas procura fazer tudo o que pode”.
“Também não digo que a oposição não faz nada e também não acho necessariamente que o senhor deputado seja oposição, ou pelo menos, é uma oposição distinta”, considerou, gerando alguns risos no hemiciclo.
Costa sustentou que o Livre é “uma oposição distinta” por ter apresentado “um conjunto de propostas importantes e relevantes” que não foram aprovadas só com o voto do Livre mas também com “o apoio dos seus vizinhos neste hemiciclo parlamentar” — o deputado Rui Tavares senta-se entre deputados da bancada do PS.
Rui Tavares teve ainda uma pequena troca com a bancada do Chega, que se manifestou várias vezes durante a sua intervenção, acusando André Ventura de ser um “Trump lusitano, um traulitano”.
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