Este apelo da comunidade internacional surge na véspera do encerramento de uma cimeira marcada pela eleição como Presidente dos Estados Unidos, a 8 de novembro, do magnata do imobiliário republicano Donald Trump, que declarou diversas vezes durante a campanha considerar o aquecimento global “um embuste”.
“Nós, chefes de Estado, de Governo, e delegações reunidos em Marraquexe, em solo africano (…) apelamos para o compromisso político máximo para combater as alterações climáticas, uma prioridade urgente”, lê-se na declaração, considerada uma proclamação pelo clima e pelo desenvolvimento sustentável.
“Apelamos para aumentarem urgentemente a determinação e para reforçarem a nossa cooperação para colmatar o fosso entre as atuais trajetórias das emissões de gases com efeito de estufa (fontes do aquecimento) e o caminho que é necessário tomar para cumprir os objetivos de temperatura definidos no acordo de Paris”, no final de 2015, acrescenta o texto.
Os Estados “saúdam o acordo de Paris, a sua rápida entrada em vigor” e “afirmam [a sua] adesão à respetiva aplicação plena e total”, vinca o documento.
A dinâmica em favor do combate contra o aquecimento global, constatada ao longo deste ano, “é irreversível: ela não é alimentada apenas pelos Governos, mas pela ciência, as empresas e as ações mundiais a todos os níveis”, sublinharam os Estados participantes.
“O nosso papel agora é beneficiar rapidamente dessa dinâmica”, acrescentaram.
O texto apela também para maiores financiamentos para apoiar as medidas contra o aquecimento do planeta Terra.
“Nós, países desenvolvidos, reafirmamos o nosso objetivo de mobilizar 100 mil milhões de dólares” por ano para os países em desenvolvimento até 2020, refere a declaração, retomando uma promessa feita em 2009, na conferência de Copenhaga sobre o clima e reafirmada na Cimeira de Paris.
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