Entre janeiro de 2015 e junho de 2018, quase 10 mil alunos portugueses – 3.538 do ensino básico e 6.439 do secundário - participaram neste projeto-piloto europeu, que envolveu 540 professores de 49 escolas portuguesas.
Durante este período, participaram em programas de empreendedorismo nas escolas e os resultados são hoje conhecidos: “Aprenderam competências empresariais e empreendedoras, bem como aspetos importantes para o trabalho e a vida, tais como gerir a incerteza”, dizem os responsáveis pelo projeto “Youth Start Entrepreneurial Challenges – YSEC”.
O programa foi experimentado também na Áustria, Luxemburgo e Eslováquia.
O estudo revela outros efeitos positivos nos alunos: sentem mais vontade de criar um projeto empreendedor e melhoram a sua literacia financeira e capacidade de planeamento.
Os resultados mostram ainda que os programas mais curtos e intensos têm melhores resultados do que os de longo termo: à medida que descobrem novas trajetórias de aprendizagem, “melhoram o trabalho em equipa, a motivação, a criatividade e a capacidade de reunir recursos”, lê-se no relatório a que a Lusa teve acesso.
Os professores também beneficiam com estes programas, já que a formação que receberam acabou por os ajudar a inovar nas suas práticas pedagógicas.
Perante estes resultados, os coordenadores do projeto recomendam um apoio à autonomia escolar através do empreendedorismo nos currículos existentes, utilizando programas de aprendizagem modulares, assim como defendem que os professores sejam incentivados a inovar e testar diferentes abordagens pedagógicas quando estão a ensinar.
O YSEC foi um projeto financiado com 2,6 milhões de euros pelo programa Erasmus + da União Europeia.
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