Divulgados no âmbito da Semana Europeia da Mobilidade, que começou no dia 16 e termina na quinta-feira, os dados resultam de um estudo realizado em 17 países europeus e divulgado hoje pela PRP.
O estudo foi elaborado pelo projeto European Surey of Road User´s Safety Attitudes (ESRA), centrado nas atitudes e comportamentos dos utilizadores da estrada e que reúne organismos de segurança rodoviária e centros de investigação da Áustria, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Polónia, Eslovénia, espanha, Suécia, Suíça, Países Baixos e Reino Unido.
Segundo o estudo, no conjunto destes países 61,5 por cento dos inquiridos prefere o automóvel como meio de transporte.
No total dos países foram recolhidos dados de 17.767 utilizadores da estrada, incluindo os de 1.028 portugueses, através de um painel online realizado em junho e julho de 2015.
Segundo o estudo do ERSA, apenas 8,7% dos portugueses disse usar os transportes públicos como principal meio de transporte e perto de 30% mencionou–os como um dos três meios que mais utiliza.
A nível europeu, 9,8% dos inquiridos disse preferir os transportes públicos como principal meio de transporte e 38% indicou-os como um dos três que preferidos.
O meio de transporte menos utilizado pelos portuguese foi a bicicleta, com 0,2%, e 7,2% dos inquiridos referiu a bicicleta como um dos três meios que mais utiliza. A nível europeu, 4,8% disse utilizar a bicicleta e 24,9% disse tratar-se de um dos três meios mais utilizados.
Para o presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa, estes dados confirmam a tendência “expectável”.
“Os portugueses continuam a preferir mais o automóvel do que a média dos países europeus e são resistentes a meios de transporte mais sustentáveis para o ambiente, como os transportes públicos e a bicicleta”, acrescentou José Miguel Trigoso.
O presidente da PRP defendeu, assim, a necessidade de “disponibilizar mais, melhores e mais baratos transportes públicos” e de “promover a utilização da bicicleta de forma racional e segura como meio de transporte alternativo é imperioso”.
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