De acordo com o trabalho, baseado em mil entrevistas telefónicas feitas em fevereiro a cidadãos com 60 ou mais anos de idade, “92% das pessoas abrangidas por uma pensão de reforma não consideram adequada a pensão que recebem mensalmente”.
O valor médio da pensão é, segundo os dados, de 605 euros e os pensionistas começam a recebê-la, em média, aos 61 anos de idade, sendo que a média de rendimentos anterior à reforma entre as pessoas entrevistadas situava-se em 974 euros.
Sobre os futuros pensionistas, seis em cada 10 pessoas entrevistadas (64%) acreditam que as pensões de quem hoje tem entre 40 e 50 anos não estão garantidas ou serão menores do que as atuais.
“Existe uma preocupação elevada pelas pensões das gerações mais jovens. No entanto, apenas dois em cada dez dos que recebem pensão e 23% da população ativa aceitaria que a sua pensão fosse reduzida em 10% para garantir as pensões dessas gerações mais jovens”, lê-se no documento.
Os dados mostram ainda que 44% dos pensionistas conheceram o valor da pensão antes do recebimento da mesma e, destes, 83% teve conhecimento com uma antecedência inferior a seis meses em relação à data da reforma.
Quanto à poupança, os dados indicam que 44% dos entrevistados tinham começado a poupar para a reforma e apenas 11% afirmam que teriam poupado mais se tivessem conhecido antecipadamente o valor da sua pensão.
Entre os que afirmam ter poupado ou que estão a poupar para a velhice, seis em cada dez fazem-no através de depósitos bancários.
Sobre a idade da reforma, 11% dos entrevistados tinham desejado reformar-se antes, em média aos 58 anos, enquanto 31% tinham desejado fazê-lo depois (em média, aos 65 anos) em relação à data em que se reformaram.
Mais de metade das pessoas entrevistadas (53%) considera necessária uma idade mínima de reforma, a qual se situa em média nos 60,6 anos.
Os resultados revelam ainda que 57% dos entrevistados consideram que as pensões atuais estão garantidas e que os recursos usados para pagar pensões são procedentes das contribuições dos trabalhadores atuais (36%) e das contribuições que os próprios fizeram enquanto trabalhavam (36%).
Por mês, 56% dos entrevistados disseram dispor de rendimentos do agregado familiar até mil euros, 22% afirmam que não conseguem manter a habitação com uma temperatura adequada, enquanto 56% apontam não poderem fazer face a gastos imprevistos superiores a 600 euros.
Nos últimos três meses, 32% dos entrevistados ajudaram economicamente algum membro da sua família.
O documento indica que 41% poupam a maior parte dos meses, sendo os principais motivos para a poupança os “imprevistos/emergências”, “ajudar os/as filhos/as” e o facto de “não poderem valer-se a si mesmo/a no futuro”.
Dos entrevistados, 80% têm habitação própria e os que são inquilinos pagam uma renda mensal média de 189 euros.
Um terço dos pensionistas proprietários de uma casa afirmam estar dispostos a vender, hipotecar ou arrendar a sua casa como recurso durante a reforma.
A venda (65%) e o arrendamento (30%) são os principais métodos contemplados para a obtenção de dinheiro extra durante a reforma.
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