Mangagwa, 75 anos, ex-vice-presidente e líder da ZANU-PF (partido no poder) desde o passado domingo, prestou juramento perante milhares de pessoas reunidas num estádio de Harare.
“Eu, Emmerson Dambudzo Mnangagwa, juro que enquanto presidente da República do Zimbabué serei leal à República do Zimbabué e vou obedecer, apoiar e defender a Constituição e as leis do Zimbabué”, declarou o novo chefe de Estado.
Durante muito tempo considerado o delfim de Mugabe, Mnangagwa foi demitido a 06 de novembro – por intervenção da então primeira-dama que esperava suceder ao marido – e abandonou o país por razões de segurança. O seu afastamento provocou na noite de 14 para 15 de novembro um golpe dos militares, que se opunham à chegada ao poder de Grace Mugabe.
Face à profunda crise do país, as expectativas da população são enormes, mas a chegada ao poder de Emmerson Mnangagwa também suscita preocupações, tendo em conta o seu passado de quatro décadas no aparelho de segurança zimbabueano, que executou o “trabalho sujo” do ex-presidente.
A organização de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional pediu ao novo líder do Zimbabué que “evite regressar aos abusos do passado”.
A principal prioridade de Mnangagwa, 75 anos, é a reconstrução da exangue economia do país. O Zimbabué luta contra o crescimento lento, uma inflação crescente e um desemprego em massa (90%).
Robert Mugabe, 93 anos, não esteve presente na cerimónia de tomada de posse.
O jornal de Harare The Herald noticia hoje que Mnangagwa garantiu total segurança e bem-estar ao antigo chefe de Estado, que se manteve no poder desde 1980.
Mugabe apresentou a demissão na terça-feira depois do golpe de Estado de 14 de novembro, evitando o processo de destituição parlamentar iniciado pelos deputados da ZANU-PF.
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