Alguns dos e-mails encontrados no ‘laptop’ do antigo representante (membro do Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos) Anthony Weiner estavam marcados como sendo secretos (“classified”).
Desconhece-se, por enquanto, se os documentos eram secretos quando foram mandados para Huma Abedin ou apenas quando o Departamento de Estado estava a preparar-se para os divulgar.
Os e-mails foram divulgados na sequência de um pedido judicial nesse sentido, ao abrigo do Freedom of Information Act (Lei da Liberdade de Informação), apresentado pelo grupo conservador Judicial Watch.
O Departamento de Estado afirmou que costuma “rever cuidadosamente o conteúdo dos registos pedidos através da lei para determinar se alguma informação é sensível ou secreta”. O mesmo organismo, que corresponde ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, acrescentou que os documentos continham informação secreta que foi suprimida.
O FBI encontrou milhares de e-mails trocados entre Hillary Clinton e Abedin enquanto estava a investigar o computador de Weiner, envolvido num caso de troca de mensagens de cariz sexual com uma estudante de liceu.
Weiner foi formalmente acusado criminalmente.
Esta descoberta levou ao anúncio do antigo diretor do FBI James Comey em outubro de 2016, em plena campanha para as presidenciais, de que iria reabrir a investigação quanto ao uso de um servidor privado por parte de Clinton.
Clinton usou um servidor privado enquanto era secretária de Estado, a chefe da diplomacia norte-americana na administração Obama.
Depois, a dois dias do dia das eleições (nas quais Clinton perdeu para Donald Trump), o FBI declarou que não havia nada de novo nos e-mails. Clinton considerou que o anúncio de Comey foi o “fator determinante” na sua derrota.
Comey disse depois que o FBI tinha concluído que nem Weiner nem Abedin tinham cometido qualquer crime relacionado com os seus e-mails.
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