A notícia foi avançada pela Agência France Presse (AFP), que cita documentos judiciais: numa denúncia, apresentada na sexta-feira num tribunal do estado da Florida, onde Donald Trump reside, o ex-presidente norte-americano denuncia uma “censura” contra si, violando, segundo o próprio, a sua liberdade de expressão, defendida nos Estados Unidos pela sacrossanta primeira emenda da Constituição.
O Twitter anunciou a suspensão da conta @realDonaldTrump, “indefinidamente devido ao risco de novas incitações à violência”, em 08 de janeiro, dois dias depois do ataque e invasão do Capitólio por centenas dos apoiantes do ex-presidente, que queriam impedir a certificação da vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro do ano passado.
Cinco pessoas morreram durante ou logo após o ataque, entre as quais um polícia, mas também uma manifestante, abatida enquanto tentava forçar, com dezenas de pessoas, uma das portas do interior do edifício.
Donald Trump acredita, como pode ler-se nos documentos judiciais, que o Twitter, onde tinha mais de 88 milhões de seguidores, foi “forçado” a suspender a sua conta pelo Parlamento norte-americano.
A plataforma “exerce um grau de poder e de controlo sobre o discurso político no país [Estados Unidos] que é imenso, sem precedentes e profundamente perigoso para o debate democrático aberto”, lê-se na denúncia, que aponta que até os talibãs, agora no poder no Afeganistão, podem ‘tweetar’.
Contactado pela AFP, o Twitter absteve-se de comentar a notícia.
Donald Trump, que deixou a Casa Branca em 20 de janeiro, após ter sido derrotado por Joe Biden, foi também banido de forma temporária ou definitiva, da maioria das outras grandes redes sociais ou plataformas da Internet, como o Facebook, Instagram, Youtube ou Snapchat.
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