De acordo com a porta-voz do Estado do Michigan, Anna Heaton, o governador, Rick Snyder, está a analisar se a abertura de um inquérito interfere com outras investigações em curso.
Larry Nassar foi despedido pela universidade no ano passado, após se ter confirmado que este médico da Universidade Estadual do Michigan e da equipa nacional de ginástica abusou sexualmente de mulheres e crianças.
Na quarta-feira, foi condenado no Michigan a uma pena entre 40 e 175 anos, que foi definida pela juíza que a sentenciou, Rosemarie Aquilina, como uma “pena de morte”, porque o arguido nunca mais poderá sair da prisão.
Acresce uma anterior outra condenação a 60 anos por pornografia infantil.
O antigo médico deu-se como culpado de todas as acusações, mas defendeu que os métodos que utilizou eram de “um bom profissional”.
Mais de 150 pessoas leram declarações durante a sentença, na semana passada, numa audiência em que estavam previstos inicialmente 55 testemunhos.
De acordo com a porta-voz do Estado do Michigan, Anna Heaton, o procurador-geral daquela região, Bill Schuette, irá avaliar o caso, já que as vítimas de Larry Nassar se haviam queixado há uns anos a funcionários da Universidade Estadual do Michigan.
A constituição do Michigan prevê que o governador possa suspender ou despedir funcionários por “negligência grave do dever público”.
Na quinta-feira, a presidente da Universidade Estadual do Michigan, Lou Anna Simon, demitiu-se no seguimento deste escândalo, pedindo “sentidas desculpas” às vítimas, estudantes e professores.
O mesmo aconteceu com profissionais de ginásios onde Nassar trabalhou como médico, praticando crimes de abuso sexual de menores.
Hoje foi ainda anunciado que os diretores da Federação de Ginástica vão resignar aos cargos, após um pedido do Comité Olímpico dos Estados Unidos.
O comité olímpico deverá enfrentar outro problema, com as dezenas de vítimas que testemunharam contra Nassar a apresentarem processos civis contra este organismo.
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