"Se estiver completamente vacinado, pode começar a fazer muitas coisas que deixou de fazer por causa da pandemia", refere o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) , principal agência de saúde pública, na sua página.

A ideia foi também reiterada por Rochelle Walensky, diretora do CDC: "Se estiver totalmente vacinado e quiser participar num pequeno encontro com pessoas vacinadas e não vacinadas, os dados científicos mostram que pode fazer isso com segurança, sem máscara”.

O CDC, que foi cauteloso nas suas orientações durante a crise sanitária, essencialmente apoiou aquilo que muitos norte-americanos já fizeram nas últimas semanas.

"As visitas e actividades ao ar livre são mais seguras do que as actividades no interior, e as pessoas totalmente vacinadas podem participar em alguns eventos no interior com segurança, sem muito risco", lê-se no site, que sugere que quem ainda não tenha sido vacinado "encontre uma vacina" perto de si.

Segundo a agência de saúde pública, totalmente vacinadas ou não, as pessoas não precisam de usar máscaras ao ar livre quando caminham, andam de bicicleta ou correm sozinhas ou com membros da família, considerando até seguro "participar [sem máscara] numa pequena reunião ao ar livre com familiares e amigos totalmente vacinados".

A partir daí, o CDC tem orientações diferentes para pessoas que estão totalmente vacinadas e as que não estão.

Pessoas não vacinadas — definidas pelo CDC como aquelas que ainda não receberam as duas doses da vacina Pfizer-BioNTech ou Moderna ou a fórmula única da Johnson & Johnson — devem usar máscaras em reuniões ao ar livre que incluam outras pessoas não vacinadas e também em restaurantes ao ar livre com pessoas de vários agregados.

Na mesma situação, pessoas totalmente vacinadas não precisam usar máscara, segundo a agência.

Para os não vacinados, as idas restaurantes ao ar livre com pessoas de vários agregados, mesmo de máscara é considerada menos segura.

“Por outro lado, continuamos a recomendar o uso de máscara durante atividades e em locais movimentados, como estádios lotados ou concertos”, acrescentou Rochelle Walensky durante uma conferência de imprensa.

Assim, todos devem continuar a usar máscaras em eventos ao ar livre lotados, como eventos desportivos ou concertos, situação que, apesar de ser considerada segura para os imunizados, é considerada a menos segura para os restantes.

O CDC continua também a recomendar máscaras em locais públicos fechados, como cabeleireiros, restaurantes, centros comerciais, museus e cinemas, e transportes públicos ou situações de participação em aulas de exercício de alta intensidade no interior.

A nova orientação representa mais uma etapa do caminho para o regresso ao normal, desde que surgiu a pandemia de covid-19 que matou mais 570.000 pessoas nos Estados Unidos.

A mudança ocorre num momento em que mais de metade dos adultos norte-americanos já recebeu pelo menos uma dose da vacina contra a covid-19 e mais de um terço foi totalmente imunizado.

“É o regresso da liberdade”, afirmou Mike Saag, especialista em doenças infecciosas da Universidade do Alabama, em Birmingham, que saudou a mudança.

“É o regresso à possibilidade de fazer atividades normais novamente. Ainda não estamos lá, mas estamos na rampa de saída e isso é uma coisa bonita”, apontou.

Mais pessoas precisam de ser vacinadas e continuam as preocupações sobre as variantes e outras possíveis mudanças na epidemia.

Porém, Saag disse que a nova orientação é uma recompensa sensata após o desenvolvimento e distribuição de vacinas eficazes e da participação voluntária de 140 milhões de norte-americanos para serem inoculados.

Babak Javid, médico cientista da Universidade da Califórnia, em São Francisco, disse que as novas orientações são sensatas.

“Na grande maioria dos cenários exteriores, o risco de transmissão é baixo”, referiu Javid.

[*com Agência Lusa]