“Fake news. Vou aí dar um tiro a todos”. Assim dizia Brandon Griesemer, de 19 anos, ao telefone da emissora norte-americana CNN. Griesemer, que vive no Michigan, foi agora detido por ameaçar matar os funcionários da estação de televisão.
Diz o FBI, a polícia de investigação federal norte-americana, que o jovem ligou para a sede da CNN, em Atlanta, 22 duas vezes em dois dias deste mês de janeiro. Prometia violência, fazia comentários racistas. Acusou a estação de ser “fake news” (notícias falsas) — o epíteto que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, atribuiu a alguma imprensa, incluindo (e à cabeça) à CNN.
Numa dessas chamadas, citada pelo jornal britânico ‘The Guardian’, Griesemer disse que estava “a caminho para dar um tiro toda a equipa da CNN”. “Vou matar-vos”, terá dito a uma telefonista daquela estação de notícias.
Mais tarde, segundo o diário britânico, o jovem voltou a ligar para a estação. “Vou apanhar-vos, CNN. Sou mais esperto que vocês. Mais poderoso que vocês. Tenho mais armas que vocês. Mais força. A vossa equipa está prestes a ser abatida a tiro nas próximas horas”, terá alegadamente dito.
No segundo dia, insistiu com as ameaças. Repetiu que estava a caminho da sede da emissora, armado. E acrescentou que estava acompanhado com uma “equipa de gente”. “Vai ser fantástico, meu”, alegadamente comentou.
Para além disso, Griesemer terá igualmente usado insultos ao referir-se a afro-americanos e judeus.
O jovem, que foi presente a um tribunal em Detroit na passada sexta-feira, pode enfrentar até cinco anos de prisão, caso seja condenado por ameaças à integridade física. Para já, saiu em liberdade, sob fiança de 10 mil dólares (cerca de 8 mil euros).
Griesemer não tinha antecedentes criminais, e os procuradores do caso pediram uma análise mental e toxicológica ao jovem.
Uma das condições para a fiança, estipulada pelo juiz, passa pela obrigatoriedade de não sair da zona este do Michigan e não falar com ninguém ligado ao caso. E isso inclui “certamente”, o impedimento de “ter quaisquer contactos com a CNN”, disse o juiz Anthony Patti.
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