Os sistemas de defesa antiaérea da Ucrânia, em grande parte herdados da era soviética, sofreram melhorias devido à contribuição dos países ocidentais, especialmente dos Estados Unidos, desde o início da invasão russa no território ucraniano, em fevereiro de 2022, referiu a agência de notícias AFP.

Washington forneceu à Ucrânia sistemas avançados de defesa aérea, como o sistema ‘Patriot’ e uma geração mais antiga do sistema ‘Hawk’.

A Ucrânia tem pedido há meses aos seus aliados ocidentais mais munições e sistemas de defesa aérea.

“A Ucrânia precisa urgentemente de aumentar as suas capacidades de defesa contra ataques de mísseis russos e dos ataques aéreos das forças russas”, disse num comunicado na terça-feira a Agência de Cooperação e Segurança da Defesa dos EUA, uma agência federal responsável em particular pelas vendas militares aos Estados estrangeiros.

“A conservação e manutenção do sistema de mísseis ‘Hawk’ aumentará a capacidade da Ucrânia de defender o seu povo e proteger a sua infraestrutura nacional crítica”, acrescentou a agência norte-americana, garantindo que a venda “não alterará o equilíbrio militar fundamental na região”.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou no domingo que o seu país perderia a guerra se a esperada ajuda de 60 mil milhões de dólares (55,3 mil milhões de euros) permanecesse bloqueada no Congresso dos Estados Unidos, à medida que a Rússia aumenta a pressão sobre a Ucrânia.

Este programa norte-americano de assistência militar e económica a Kiev está bloqueado no Congresso desde o ano passado devido a divisões entre os partidos Democrata e Republicano, além da realização das eleições presidenciais em novembro.

Enquanto aguardam uma decisão, os soldados ucranianos são forçados a poupar munições e enfrentam um confiante exército russo, que repeliu uma grande contraofensiva do exército de Kiev no verão de 2023.

O exército russo, mais numeroso e mais bem abastecido com munições, está gradualmente a avançar na frente oriental e tem atacado regularmente a infraestrutura energética da Ucrânia nas últimas semanas.

Os russos também intensificaram recentemente a sua pressão em torno de Chassiv Yar, uma localidade chave na região do Donbass.