Pedro Silva Pereira considerou que, se o ministro português das Finanças, Mário Centeno, for o escolhido para liderar o Eurogrupo haverá então um presidente que “lutará por alternativas e assim lutando por democracia”.
O eurodeputado do PS intervinha perante os membros do Partido Socialista Europeu, que estão reunidos em conselho, que é o órgão entre congressos, no Pavilhão Carlos Lopes, Lisboa, num painel que debateu o aprofundamento da democracia na União Europeia.
O ex-ministro frisou que “a democracia é escolha” mas, quando os países são confrontados com recomendações “que tentam explicar que não há escolhas porque não há alternativas, então não há democracia”.
O eurodeputado defendeu que as instituições europeias precisam de ir “ao encontro das expectativas dos cidadãos”, em especial depois de anos de crise financeira que foi “resultado de causas profundas” que não podem ser atribuídas em exclusivo à arquitetura da União Económica e Monetária.
“Temos de considerar a fraqueza das lideranças e as políticas erradas, políticas monetárias, que foram adotadas como resposta da União Europeia à crise internacional”, sugeriu.
A eleição para a presidência do fórum de ministros das Finanças da zona euro decorrerá na próxima segunda-feira, em Bruxelas.
De acordo com o Conselho Europeu, a corrida à presidência do Eurogrupo terá outros três candidatos: Pierre Gramegna (Luxemburgo), Peter Kazimir (Eslováquia) e Dana Reizniece-Ozola (Letónia).
Em conferência de imprensa, o ministro das Finanças português disse que, se for eleito, pretende dar "um contributo construtivo", mesmo que "crítico às vezes", para "encontrar caminhos alternativos".
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