Luca Visentini falava aos jornalistas após ter sido recebido pelo primeiro-ministro, António Costa, numa declaração em que tinha ao seu lado os líderes da UGT, Carlos Silva, e da CGTP-IN, Arménio Carlos.
"Se o ministro das Finanças vencer será um passo na direção certa. A União Europeia precisa de pôr de lado as políticas de austeridade, apostando no investimento, no crescimento e no emprego", declarou o presidente da Confederação Europeia dos Sindicatos (CES).
Esta posição sobre a próxima liderança do Eurogrupo foi totalmente partilhada por Carlos Silva, mas não por Arménio Carlos, que se demarcou dela.
"A questão não é a pessoa, mas a política do Eurogrupo. O Eurogrupo foi parte do problema da troika em relação a Portugal", justificou o secretário-geral da CGTP-IN.
Pouco depois, Carlos Silva saiu em defesa do ministro das Finanças do executivo minoritário socialista.
"A UGT vê com bons olhos a possibilidade de Mário Centeno ser presidente do Eurogrupo. Como português, tenho de apoiar a candidatura, para mais porque, além de ser boa para Portugal, é também boa para a Europa", sustentou o secretário-geral da UGT.
Para Carlos Silva, a candidatura de Mário Centeno representa "uma mudança política" no Eurogrupo, porque "vem de um Governo que é já considerado um ‘case study' na União Europeia".
Perante os jornalistas, o presidente da CES classificou a reunião com António Costa como "muito positiva", sobretudo em torno de matérias como as políticas de convergência, coesão entre Estados-membros e reforço da proteção social no trabalho.
"Não podemos perder esta oportunidade para reforçar o pilar social da União Europeia", acrescentou.
Comentários