Marinho e Pinto foi eleito nas últimas eleições europeias de 2014 para o Parlamento Europeu pelo MPT – lista que foi a surpresa da noite eleitoral e conseguiu dois mandatos -, mas, entretanto, abandonou este partido e fundou o PDR, em 2014.
Depois de entregar as listas no Tribunal Constitucional, Marinho e Pinto apresentou, na sede do partido, em Lisboa, as linhas gerais do programa eleitoral que está em preparação para as europeias de 26 de maio, que “assenta numa ideia de renascimento europeu” porque “é necessário refundar a União Europeia”.
As propostas que o partido apresenta, de acordo com Marinho e Pinto, “são basicamente as mesmas” que o MPT fez em 2014, “apuradas pelo conhecimento” que, entretanto, adquiriu no Parlamento Europeu.
“Eu sou considerado no Parlamento Europeu o terceiro deputado português mais produtivo, já fui o segundo durante muito tempo e agora fui ultrapassado”, enalteceu.
Aquilo que Marinho e Pinto gostaria era que os portugueses tivessem conhecimento do trabalho que fez e o pudessem avaliar.
“Que pudessem escolher em consciência e não fazer as escolhas com base numa sobredosagem de informação sobre uns partidos e um défice de informação acerca de outros”, confessou.
Confrontado com as críticas que fez às instituições europeias e o facto de agora se recandidatar, o eurodeputado garantiu: “eu estava cansado, mas não estava desiludido com a União Europeia”.
“Ao fim de um mandato de cinco anos a fazer viagens de avião todas as semanas de ida e volta eu estava cansado e estou cansado e manifestei e pedi até ao próprio partido que arranjasse outro candidato”, confidenciou.
No entanto, segundo Marinho e Pinto “o partido e os órgãos do partido entenderam” que deveria ser ele o candidato e, portanto, aceitou.
“Nós queremos deputados que pensem pela sua cabeça e atuem com independência e com liberdade no Parlamento Europeu e não autómatos ou robôs que fazem e dizem aquilo que uns ‘big brothers’ à distância lhe mandam fazer ou dizer”, criticou.
Marinho e Pinto escusou-se sempre, apesar da insistência dos jornalistas, a traçar metas eleitorais uma vez que “o objetivo é apresentar ideias e trazer ideais novas” para se aproximar “os povos das instituições democráticas europeias”.
“É uma lista paritária, tem 15 homens e 14 mulheres e, portanto, é uma lista que cumpre os imperativos legais e também cumpre objetivos deste partido que são a igualdade”, disse.
Na opinião do eurodeputado, “é preciso que o projeto europeu se aproxime dos povos europeus, possa ter uma componente mais democrática, uma maior proximidade em relação aos interesses e objetivos dos povos da Europa”.
“Para isso é necessário fazer mudanças no funcionamento dos órgãos da União Europeia. É preciso que o Parlamento Europeu seja um verdadeiro parlamento, ou seja, uma instituição parlamentar em que os seus membros, os deputados, tenham iniciativa legislativa, possam apresentar projetos e propostas de lei”, propôs ainda.
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