Antes do início da reunião da Comissão Política Nacional, fonte oficial social-democrata indicou que Miguel Poiares Maduro, ex-ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional do Governo PSD/CDS-PP de Passos Coelho, aceitou simbolicamente integrar a lista do PSD ao Parlamento Europeu no último lugar, 29.º de uma série composta por 21 efetivos e 8 suplentes, em “sinal de apoio”.
Em declarações aos jornalistas na mesma ocasião, o secretário-geral do PSD, José Silvano, salientou que, há dois meses, a comissão permanente do partido aprovou o princípio de que apenas uma das Regiões Autónomas indicaria um nome nos seis primeiros lugares da lista – este ano, a Madeira –, enquanto que a outra teria direito ao oitavo lugar, também considerado elegível pelo dirigente social-democrata.
“Se a Comissão Política Nacional aprovar este princípio, será isto que acontecerá”, afirmou José Silvano, antes do início da reunião da direção do PSD, que decorre em Coimbra e antecede a do Conselho Nacional.
Silvano salientou que, quando o princípio foi aprovado, não havia ainda nomes em cima da mesa e só depois a Comissão Política Regional dos Açores decidiu indicar o antigo presidente da Assembleia da República, Mota Amaral.
“Quem indicou o nome do dr. Mota Amaral foi a Comissão Política Regional, lá sabe porquê, porque o princípio vale para todos”, frisou.
O secretário-geral do PSD explicou que a ratificação desta decisão será levada à Comissão Política Nacional (CPN), depois de a Comissão Política Regional dos Açores ter contestado a legitimidade da permanente – núcleo duro da direção – para tomar a decisão.
“Vamos levar à Comissão Política Nacional o princípio de que as Regiões Autónomas passem a ter um lugar nos lugares eleitos no mandato anterior e outro num lugar importante que consideramos também elegível, que neste caso é o oitavo lugar”, justificou.
Silvano acrescentou que, se o segundo eurodeputado não for eleito, o deputado indicado por uma das regiões passaria a representar as duas e teria um assessor da outra região “para ajudar a levar a cabo o trabalho no Parlamento Europeu”.
“Fruto das circunstâncias de a Madeira ter eleições este ano, o representante da Madeira ficará em sexto lugar e os Açores em oitavo, se aceitar, se não ficará com nenhum”, afirmou.
O secretário-geral do PSD recordou que, há cinco anos, os Açores ficaram com o terceiro lugar na lista e a Madeira em sexto, e escusou-se a falar em nomes, antes da reunião da Comissão Política Nacional.
O PSD/Açores indicou o antigo presidente da Assembleia da República Mota Amaral como o nome a figurar nas listas ao Parlamento Europeu, com o próprio a garantir que não será candidato “numa posição claramente não elegível”, como o oitavo lugar.
Há cinco anos, o PSD concorreu às europeias em coligação com o CDS-PP e ficou em segundo lugar com 26,7% (7 eurodeputados, seis dos quais do PSD), atrás do Partido Socialista.
Os sociais-democratas eleitos em 2014 foram Paulo Rangel, Fernando Ruas, Sofia Ribeiro (candidata indicada pelos Açores), Carlos Coelho, Cláudia Aguiar (candidata indicada pela Madeira) e José Manuel Fernandes.
A reunião da Comissão Política Nacional do PSD começou pouco depois das 17:00 e o Conselho Nacional do PSD deverá arrancar pelas 21:00 para aprovar a lista de candidatos às eleições para o Parlamento Europeu, quando já são oficialmente conhecidos o cabeça de lista, o eurodeputado Paulo Rangel, e a número dois, Lídia Pereira, presidente da juventude do Partido Popular Europeu (YEPP).
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