De acordo com a proposta da Comissão Política Nacional ao Conselho Nacional – que a votará a partir das 21:00 -, anunciada pelo presidente do PSD, Rui Rio, a eurodeputada Cláudia Aguiar, indicada pela Madeira, será a sexta candidata do PSD ao Parlamento Europeu, seguida, no sétimo lugar – já considerado de eleição incerta - pelo atual eurodeputado Carlos Coelho.
Tal como anunciado, os Açores não indicaram qualquer nome para a lista do PSD, depois de lhes ter sido atribuído pela direção nacional o oitavo lugar.
De acordo com Rui Rio, no total, a lista de 21 efetivos e oito suplentes integrará 15 mulheres e 14 homens.
“Pela primeira vez, uma lista ao Parlamento Europeu terá mais mulheres que homens”, destacou, em declarações aos jornalistas, no final da Comissão Política, que decorreu em Coimbra.
Paulo Rangel já tinha sido anunciado no início de fevereiro como cabeça de lista do PSD às europeias de 26 de maio, lugar que já ocupou em 2009 e 2014, e, na segunda-feira, Rui Rio indicou que a número dois seria Lídia Pereira, presidente da juventude do Partido Popular Europeu.
Em oitavo lugar, entra a jurista Ana Miguel dos Santos, especialista em questões de segurança e atualmente a viver em Cambridge.
Há cinco anos, o PSD concorreu às europeias em coligação com o CDS-PP e ficou em segundo lugar com 26,7% (sete eurodeputados, seis dos quais sociais-democratas), atrás do PS.
Rui Rio defendeu que a lista apresentada garante “a representatividade do país”, já que José Manuel Fernandes representa a região norte, Álvaro Amaro a região centro e Graça Carvalho, natural de Beja, a região sul.
Quanto à polémica sobre a exclusão de Mota Amaral, indicado pelos Açores, Rui Rio reiterou o que já tinha sido explicado pelo secretário-geral, José Silvano, dizendo tratar-se de “um princípio”.
“Aquilo que a Comissão Política Nacional entendeu é que nós temos de garantir sempre que haja um deputado que represente as regiões autónomas ou ultraperiféricas”, defendeu, sublinhando que, este ano, caberá à Madeira assegurar a representação de ambos os arquipélagos.
Aos Açores, acrescentou, foi oferecido o oitavo lugar, que o PSD regional rejeitou.
“Não está em causa de forma nenhuma o doutor João Bosco Mota Amaral, pessoa por quem toda a gente no PSD tem o máximo respeito, mas é uma questão de princípio”, defendeu.
Miguel Poiares Maduro, ex-ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional do Governo PSD/CDS-PP de Passos Coelho, aceitou simbolicamente integrar a lista social-democrata ao Parlamento Europeu no último lugar da lista, composta por 21 efetivos e oito suplentes, como “sinal de apoio”.
Dos primeiros nomes da lista, três são atualmente eurodeputados do PSD: Paulo Rangel, José Manuel Fernandes, que sobe para número três (há quatro anos foi o sexto nome do PSD e o sétimo na lista conjunta com o CDS-PP), e Cláudia Aguiar, que tinha sido a número cinco do PSD há quatro anos (e sexta na lista conjunta).
Dos restantes três membros da delegação do PSD no Parlamento Europeu, Carlos Coelho é indicado em posição considerada de eleição incerta e ficam fora da lista os ainda eurodeputados Fernando Ruas e Sofia Ribeiro.
A ex-ministra da Ciência e do Ensino Superior Graça Carvalho, já tinha sido eurodeputada entre 2009 e 2014 e é atualmente vogal da direção de Rui Rio.
Além de Lídia Pereira, o outro estreante nos lugares considerados claramente elegíveis – os primeiros seis – é Álvaro Amaro, presidente dos Autarcas Sociais-Democratas e, por inerência, membro da Comissão Política de Rio.
Álvaro Amaro é também, desde 2013, presidente da Câmara Municipal da Guarda, depois de ter exercido idênticas funções em Gouveia durante 12 anos.
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