“Quando se olha para as estatísticas sobre estrangeiros em processos judiciais, eles pagam a fiança para sair e depois não aparecem no tribunal”, disse o diretor-geral da procuradoria tailandesa, Chatchom Akapin, em conferência de imprensa.
Hakeem Ali Al-Araibi, de 25 anos, detido quando se encontrava em lua-de-mel na Tailândia, foi condenado à revelia a dez anos de prisão pelo tribunal do Bahrein, acusado de danificar uma esquadra da polícia em 2012, durante protestos à margem da Primavera Árabe, que sempre negou.
Em 04 de fevereiro, um tribunal tailandês decidiu prorrogar a detenção por pelo menos dois meses do ex-futebolista da seleção do Bahrein – que corre o risco de ser extraditado para aquele país -, dando a Hakeem Ali Al-Araibi 60 dias para apresentar a sua defesa.
Uma campanha internacional que envolve o próprio governo da Austrália, onde desfruta do estatuto de refugiado político porque teme ser torturado no seu país de origem, pede a libertação do jogador e o regresso ao país de adoção.
"A Tailândia é altamente culpada na detenção de Hakeem, mas ainda tem o poder de contornar o processo judicial e tomar a decisão de mandá-lo para casa na Austrália", disse em comunicado o coordenador para os refugiados da Amnistia Internacional, Graham Thom.
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