“Temos de reconhecer que [Trump] nos desiludiu”, disse Haley, que foi apoiante do ex-Presidente, e nomeada por ele embaixadora nas Nações Unidas (2017-18), ao portal de informação Politico.
“Ele não deveria ter seguido o caminho que seguiu e nós não deveríamos ter ido atrás dele, não deveríamos ter-lhe dado ouvidos. E não podemos deixar que isso aconteça outra vez”, adiantou a ex-governadora.
Frequentemente apontada como potencial candidata republicana às presidenciais de 2024, algo que mantém em aberto na entrevista ao Politico, Haley manteve uma postura discreta desde que Trump se recusou a admitir a derrota para o democrata Joe Biden nas eleições de 03 de novembro de 2020.
Depois de apoiantes do ex-Presidente republicano terem invadido o Capitólio a 06 de janeiro, deixando um rasto de destruição e cinco mortos, a ex-governadora disse numa reunião do Comité Nacional Republicano que Trump terá um “julgamento histórico funesto”.
Numa altura em que Trump é alvo de um julgamento político de destituição no Senado, com apoio de pelo menos cinco senadores republicanos, que poderá ditar o seu impedimento de se candidatar à Presidência no futuro, Haley afasta esta possibilidade.
“Ele não vai concorrer à Presidência novamente (...) não acredito que vá estar envolvido. Não acredito que ele possa, a queda [de Trump] foi muito grande”, adiantou a ex-governadora.
Nas declarações ao Politico, Haley demarca-se claramente do ex-Presidente, afirmando que Trump se tornou “irreconhecível”: “a pessoa com quem trabalhei não é aquela que vi depois das eleições”.
Adianta mesmo ter mantido conversas com Trump depois das eleições, como “amiga”, perguntando-lhe “se estava bem”.
Sobre a fraude alegada por Trump para rejeitar os resultados eleitorais, Haley afirmou que “todos mentiram” aos eleitores republicanos para convencê-los de que Joe Biden não tinha ganho as eleições.
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