O painel de três juízes declarou Martinelli “não culpado” das acusações de espionagem ilegal das comunicações de pelo menos 150 pessoas, entre opositores, empresários, jornalistas e ativistas sociais.
O antigo chefe de Estado foi também absolvido de má gestão de fundos públicos para adquirir equipamento para as escutas durante o mandato (2009-2014).
Martinelli foi acusado de intercetar comunicações sem autorização judicial, de monitorizar, perseguir e vigiar sem autorização judicial, e de adquirir indevidamente equipamento de espionagem com fundos estatais.
O Ministério Público pedia 21 anos de prisão. Martinelli declarou-se inocente.
Em junho de 2018, o multimilionário, de 67 anos, foi extraditado de Miami, no sudoeste dos Estados Unidos, para ser julgado no Panamá. Martinelli deixou o país em 2015, afirmando ser alvo de perseguição política.
Inicialmente, ficou detido preventivamente na prisão de El Renancer, mas o tribunal determinou, posteriormente, a detenção domiciliária porque Martinelli tinha já cumprido mais de um ano de detenção preventiva, o que é proibido por lei no país.
No final da audiência, Ricardo Martinelli considerou que o país viveu “um dia histórico”.
“Não porque fui absolvido de todas as acusações, não é por mim, mas todos vós”, declarou o fundador do partido Mudança Democrática (CD), um dos mais importantes do Panamá.
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