Estas projeções foram transmitidas por Duarte Cordeiro na cerimónia dos 75 anos da fundação do Metropolitano de Lisboa, no Terreiro do Paço, com a presença do presidente da Câmara, Carlos Moedas, e do primeiro-ministro, António Costa, que encerrou a sessão.
Na sua intervenção, o ministro do Ambiente e da Ação Climática começou por se referir a dados insatisfatórios resultantes do censos de 2021 sobre um crescimento do transporte individual, dos TDVE e táxis, em contraponto a uma perda da quota por parte dos transportes coletivos.
A partir desses dados, o dirigente socialista e ex-vice-presidente da Câmara de Lisboa considerou essencial um investimento que aumente a oferta do transporte público.
“E é isso que estamos a fazer. As obras da linha circular o metro, com conclusão prevista para 2024, avançam a bom passo, representando um investimento de 331 milhões de euros e um prolongamento da rede com duas novas estações: Estrela e Santos”, apontou.
Também de acordo com o membro do Governo, a conclusão da linha circular do metro vai permitir “mais 47 milhões de novos clientes e mais 30 milhões de passageiros para a rede de transportes”.
“Vai evitar a emissão de cinco mil toneladas de dióxido de carbono, com tudo o que isso significa para a qualidade de vida dos lisboetas”, completou.
Já sobre o novo projeto de prolongamento da linha vermelha, com quatro novas estações, ligando São Sebastião à futura estação terminal de Alcântara, Duarte Cordeiro estimou que capte por ano cerca de 25 milhões de novos passageiros “e que evite dois milhões de viagens de automóvel e uma emissão de 24 mil toneladas de dióxido carbono”.
“Por vezes, nós não percebemos a importância que estes projetos têm nos resultados que temos de alcançar a nível nacional. Este [linha vermelha] é um projeto do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que terá se estar concluído até ao final de 2026 e que implica um investimento de 500 milhões de euros com IVA incluído”, especificou.
Duarte Cordeiro assumiu que as obras de expansão do metro causam transtornos na vida das pessoas, mas advogou que esses prejuízos “serão largamente superados pelos benefícios ambientais”.
Referiu-se de passagem à construção de uma estação de metro em Campo de Ourique na zona do Jardim da Parada.
“Foram salvaguardadas as questões mais polémicas e consensualizadas com o poder local, nomeadamente com os organismos do Estado em relação a soluções para o Jardim da Parada ou mesmo para Baluarte do Livramento”, defendeu, antes de classificar como decisivo o projeto do metro de superfície entre Odivelas e Loures.
“Um projeto que deverá ser lançado este ano, estando já a decorrer a consulta pública ambiental do projeto”, acrescentou.
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