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Uma explosão esta sexta-feira, 15 de setembro, na estação de metro de Parsons Green, em Londres, fez 29 feridos. A polícia confirma que na origem daquilo a que chama "incidente terrorista" está o rebentamento parcial de um engenho explosivo improvisado.
- A explosão ocorreu às 8:20 (mesma hora em Lisboa) desta sexta-feira, 15/09, no interior de uma carruagem na estação de metro de Parsons Green, na capital britânica. O comboio tinha capacidade para transportar 865 passageiros.
- As autoridades já anunciaram que estão a lidar com a ocorrência no quadro de um “ato terrorista” que provocou uma explosão e “bolas de fogo” no interior da composição.
- O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou o atentado através de um comunicado divulgado pelo seu órgão de propaganda, Amaq. [Ler mais]
- O Reino Unido elevou o alerta terrorista no país para o nível máximo, anunciou Theresa May. [Ler mais]
- Muitos passageiros referem que ouviram gritos na altura em que os ocupantes das composições tentavam sair da estação através das escadas de saída e que alguns apresentavam ferimentos.
- Nas redes sociais cedo começaram a circular fotos daquele que se acredita ser o engenho: um balde em chamas, envolto num saco de supermercado, com alguns fios em volta.
- As autoridades dizem que aquilo que parece ser um engenho explosivo improvisado (IED, na sigla em inglês) pode estar na origem do rebentamento. O dispositivo, porém, não terá explodido na totalidade, pelo que a dimensão do ataque poderia ter sido maior. O engenho está a ser investigado, tendo sido recuperada uma placa de circuitos.
- Uma caça ao homem de grande escala está em curso no país para se perceber quem está por trás da colocação do engenho na carruagem. As imagens dos circuitos fechados de televisão estão a ser analisadas para se perceber onde o autor entrou e saiu do sistema de metropolitano.
- Um jovem de 18 anos foi detido, este sábado, pela polícia de Kent, Dover, por suspeitas de ligação ao ataque [Ler mais]
- A investigação está a ser liderada pela unidade de contra-terrorismo da Scotland Yard, com o apoio dos serviços secretos britânicos, o MI5.
- 29 pessoas deram entrada em quatro hospitais londrinos com ferimentos relacionados com este incidente. 19 destas pessoas foram levadas para o hospital pelo serviço de ambulâncias da cidade, as restantes apresentaram-se pelos próprios meios. A maioria das vítimas sofreu queimaduras, embora haja relatos de outros ferimentos causados pela fuga da estação de Parsons Green.
- Numa atualização dos números, às 17:30, o Serviço Nacional de Saúde britânico explicava que deram entrada em quatro hospitais de Londres um total de 29 pessoas com ferimentos relacionados com este incidente. Destes, às 17:30 21 continuavam hospitalizados. [Ler mais]
- O serviço do metropolitano na zona afetada está suspenso, entre Earl's Court e Wimbledon. A polícia aconselha as pessoas a evitar uma área de 100 metros ao redor da estação.
- A zona em torno da estação foi mesmo evacuada, num raio de 50 metros, numa altura em que os serviços de emergência trabalham no local. Em 2005, quando algumas bombas dos atentados desse ano, também na rede de transportes britânica, não deflagraram como era suposto, as autoridades tomaram as mesmas precauções para a remoção dos objetos.
- Theresa May, primeira-ministra britânica, diz que este foi um ataque "cobarde". May falou no final de uma reunião com o comité de emergência do governo britânico, que se reuniu para discutir o incidente desta sexta-feira.
- “O engenho explosivo tinha como objetivo causar enormes danos”, declarou May no final dessa reunião de emergência do seu gabinete de segurança, pedindo aos cidadãos para se manterem alerta nos transportes públicos da capital britânica [Ler mais].
- Apesar de o autor ainda estar a monte, o nível de alerta no Reino Unido vai continuar em "severo" (o segundo mais elevado, em cinco possíveis), mas em análise, disse também Theresa May.
- A cadeia britânica Sky News diz que a polícia britânica já identificou um suspeito. Esta informação, porém, não é assumida por outros órgãos, nem confirmada pelas autoridades.
- A polícia pede, nas redes sociais, para que qualquer pessoa com informações acerca deste incidente entre em contacto com as autoridades.
- A primeira-ministra britânica, Theresa May, vai presidir a uma reunião com o comité de emergência do governo - Cobra - na tarde desta sexta-feira.
- Este é o quinto incidente terrorista em 2017 em que um um ataque ocorreu. Apesar disso, é o único em que ninguém perdeu a vida. Nos quatro ataques anteriores no Reino Unido, 36 pessoas morreram.
- Desde janeiro ocorreram cinco ataques, como o de março frente ao Parlamento, em Londres; o ataque no estádio Arena, em Manchester, no mês de maio; e em junho numa mesquita a norte da capital britânica.
- A primeira-ministra britânica, Theresa May, em reação ao incidente, "expressa solidariedade com os feridos no atentado do metro de Londres".
- Sadiq Khan, mayor de Londres, publicou uma mensagem na sua conta de Twitter, informando que está a acompanhar a situação e indicando a polícia londrina como contacto para situações de ajuda e de aconselhamento.
- Amber Rudd, secretária de Estado da Administração Interna diz estar "grata pela rápida resposta dos serviços de emergência em Parsons Green", acrescentando que os seus "pensamentos e orações estão com as vítimas deste incidente terrorista". Rudd acrescenta que "uma vez mais, as pessoas na sua vida quotidiana são atacadas de forma insensível e indiscriminada."
- O Presidente norte-americano Donald Trump denunciou os "terroristas falhados” que cometeram o atentado no metro de Londres, afirmando que estavam identificados pela Scotland Yard, pedindo às autoridades britânicas que sejam mais "proativas". Theresa May já lhe respondeu, dizendo não ser bom "alguém especular sobre o que se passa numa investigação em curso".
- Detalhes de uma chamada entre Trump e May foram divulgados pela imprensa do Reino Unido. O presidente norte-americano ligou à primeira-ministra britânica para lhe dar conta da sua "simpatias e orações para os que ficaram feridos no ataque terrorista hoje em Londres", revelou a Casa Branca. Trump terá demonstrado abertura para "continuar uma colaboração próxima com o Reino Unido para travar os ataques em todo o mundo".
- Por precaução, diz o governador de Nova Iorque, nos Estados Unidos, a segurança vai ser aumentada na rede de transportes nova-iorquina. Recorde-se que este incidente em Londres acontece dias depois de passarem 16 anos dos atentados de 11 de setembro de 2001, cujo principal centro foi precisamente em Nova Iorque.
- Também o Chelsea anunciou um reforço de segurança para o encontro com o Arsenal no próximo domingo. Para além disso, visitas ao museu, megastore, ginásio, spa e ao próprio estádio de Stamford Bridge estão canceladas, diz o clube em comunicado. O estádio do clube londrino, Stamford Bridge, é perto da estação onde ocorreu o incidente desta sexta-feira.
- Na conferência de imprensa de antevisão ao jogo deste domingo, Antonio Conte, treinador do Chelsea FC, que é "muito difícil perceber por que" razão alguém teve como alvo uma esta estação de metro próxima do estádio do clube. Porém, acrescenta, "temos de continuar a mostrar-lhes que somos mais fortes do que eles".
- Perto das 19h desta sexta-feira, o município de Hammersmith e Fulham informava, no Twitter, que os residentes de Parsons Green começaram a regressar a casa.
- A estação de metro Parsons Green foi reaberta na manhã deste sábado.
- Pode ler tudo sobre esta história em detalhe aqui.
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