“Estamos aqui em Paris com 56 empresas portuguesas, uma das melhores participações de sempre e no ano em que os têxteis e o vestuário podem bater o recorde de vendas absoluto. Depois de vários anos em que as vendas caíram estão a ter um ano muito bom, com um crescimento das exportações perto dos 5% e a superarem a meta dos cinco mil milhões”, indicou o ministro.
Manuel Caldeira Cabral visitou esta manhã a feira de matérias-primas para a fileira da moda “Première Vision”, que começou hoje e decorre até quinta, no Parque de Exposições de Paris-Nord Villepinte, nos arredores de Paris, em que participam 56 empresas portuguesas.
O titular da pasta da Economia sublinhou que os números de 2016 ainda não estão fechados, mas “poderão ser os mais elevados de sempre”.
Já o diretor-geral da Associação Têxtil de Vestuário de Portugal (ATP), Paulo Vaz, disse à Lusa que “quase seguramente” se vai atingir o objetivo de alcançar ou ultrapassar os cinco mil milhões de euros de exportações em 2016″, mas foi mais comedido nas projeções.
“Um recorde não é porque o recorde foi atingido em 2001 com 5.075 [mil milhões de euros].Eu diria que nós ultrapassaremos se tivermos [tido] um ano com dezembro particularmente bom, o que não está fora de causa. Pode acontecer isso e se isso acontecer é duplamente histórico: é antecipar quatro anos um objetivo estratégico e bater um recorde histórico”, afirmou Paulo Vaz.
Mas o diretor-geral da ATP realçou que “o objetivo estratégico” era ultrapassar os cinco mil milhões de euros de exportações em 2020, mas que se esse valor for alcançado em 2016 foi “com metade das empresas e metade dos trabalhadores” que o setor tinha em 2001, ano em que o número foi atingido, justificando com o “ganho de produtividade que se conseguiu alcançar ao longo destes anos”.
Manuel Caldeira Cabral destacou, ainda, que o setor do têxtil e vestuário “está a crescer bem” e que “em 2016 criou já 4.000 novos postos de trabalho”, nomeadamente “pessoas com mais competências, muito ligadas ao designe”.
O salão “Première Vision” tem mais de 1.900 expositores de 57 países e é visitado por 60.000 profissionais de 120 países, de acordo com a página internet do evento.
A apoiar a promoção das marcas portuguesas, no âmbito de projetos cofinanciados por fundos do programa Portugal 2020, estão as associações Selectiva Moda/ATP, que promove 19 empresas, o Centro de Inteligência Têxtil (CENIT) em parceria com a Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confeção (ANIVEC) que representa quatro empresas e a Associação Portuguesa dos Industriais de Curtumes (APIC) que promove três empresas.
Comentários