Em declarações à Lusa após a reunião do conselho nacional da FNAM, em Coimbra, Joana Bordalo e Sá salientou que o grande interesse do sindicato passa por “ter mais médicos no Serviço Nacional de Saúde” (SNS).

A líder da FNAM assegurou que estiveram a “rever as propostas” que estiveram em cima da mesa nas negociações com o anterior executivo do PS, lamentando que este não tenha sido “capaz de as incorporar e chegar a um acordo razoável”.

“A proposta que adequámos ao momento atual foi a de renegociação da carreira médica e da tabela salarial. A questão da valorização das grelhas salariais, no sentido de repormos o poder de compra, é algo pelo qual vamos continuar a batalhar”, disse.

Joana Bordalo e Sá exigiu também a reposição das 35 horas semanais para os médicos e defendeu uma maior progressão na carreira profissional, “seja nos concursos – e que possam ser rápidos e implementados -, assim como na progressão por escalões”.

Por último, elencou a questão dos médicos internos como outra das prioridades, ao lembrar a sua elevada representação entre os profissionais do SNS, mas cujo tempo não conta ainda para a carreira. “Têm de ser integrados na carreira médica, isso é algo de que não abrimos mão”, vincou.

Questionada sobre a proposta de aumento salarial que chegaram a apresentar ao anterior Governo socialista e que rondava os 30%, Joana Bordalo e Sá evitou fixar percentagens e destacou que “nunca foi só uma questão salarial”, mas admitiu entender ser “o necessário para repor o poder de compra” destes profissionais.

Já em relação ao encontro de sexta-feira com a nova ministra da Saúde, Ana Paula Martins, a presidente da FNAM garantiu estar “de boa fé” para “iniciar um processo negocial” e manifestou o desejo de que não existam “negociatas ou jogadas obscuras” ao longo desse processo.

A reunião da FNAM com o Ministério da Saúde está marcada para o dia 26 de abril, às 11h00.