“A nossa sensação é que tivemos menos gente do que no ano passado, mas mais gente a comprar livros. Que é uma prova de que os lisboetas estão a aderir mais ao livro e à leitura”, disse Pedro Sobral à Lusa, num primeiro balanço “extraordinariamente positivo”, ainda sem dados concretos.
A 93.ª edição da Feira do Livro de Lisboa voltou ao calendário tradicional de maio e junho, teve 139 participantes, mais de 980 chancelas editoriais e os mesmos 340 pavilhões da edição de 2022.
No primeiro sábado, a organização viu-se obrigada a antecipar o encerramento da feira, por razões de segurança, devido às celebrações da vitória do Benfica no campeonato de futebol.
No entanto, a feira foi prolongada por mais dois dias, até 13 de junho, o que permitiu reagendar eventos que tinham sido cancelados.
“Pelos resultados que apurámos, a esmagadora maioria [das editoras presentes na feira] ficou em linha com o ano passado e todos eles muito acima de 2019”, pré-pandemia, disse o presidente da APEL.
Em 2022, a Feira do Livro de Lisboa totalizou cerca de 772 mil visitantes. Segundo Pedro Sobral, confirmaram-se “dois fenómenos” este ano na feira: “Muita gente nova e que não ia passear, mas à procura de certo tipo de livros e certo tipo de escritores. […] O segundo fenómeno é que mais do que uma feira é uma grande festa do livro e que atrai muitos daqueles que não leem”.
Para 2024, a organização volta a fixar o calendário entre maio e junho e com o desejo de alargar o perímetro da feira, para responder ao pedido dos associados de mais pavilhões.
“Estamos a estudar com a Câmara Municipal de Lisboa esse crescimento que poderá ir até mais vinte ou trinta pavilhões”, disse Pedro Sobral.
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