“Apesar de nos terem dado 60 dias para a sua efetivação, realizámos, porém, a tarefa em metade do tempo, de modo a permitir que a tutela possa executar as políticas e as medidas que considere necessárias para o SNS com a celeridade exigida, evitando sermos considerados um obstáculo à sua concretização”, afirmou Fernando Araújo na comissão parlamentar de Saúde, onde está a ser ouvido a pedido do PS.
Fernando Araújo entregou na terça-feira no Ministério da Saúde o relatório de atividades da Direção Executiva do SNS (DE-SNS).
O documento tinha sido exigido pela ministra da Saúde, Ana Paula Martins, num prazo de 60 dias, prazo esse que terminava no final deste mês.
Adiantando que vai entregar hoje um exemplar do relatório à presidente da Comissão de Saúde, Fernando Araújo defendeu que a sua entrega à tutela não resulta apenas de uma responsabilidade, mas também de “um dever de expor resultados do trabalho efetuado para que possa ser escrutinado”, o que considerou “salutar na vida pública”.
O documento visou identificar o conjunto de intervenções estratégicas que foram realizadas com “um foco nos utentes, especialmente nos mais vulneráveis, construindo um SNS mais efetivo e inclusivo, não esgotando, porém, nem introduzindo toda a atividade realizada”.
Nesse sentido, a DE-SNS dividiu o testemunho em 12 capítulos: “São mais de 600 páginas, às quais junta um conjunto de cerca de 350 anexos com mais de 8.000 páginas, mas não será seguramente a quantidade que é relevante”.
“Foi uma tentativa séria de elencar de forma transparente as mais de 200 iniciativas em que trabalhámos, os problemas e as soluções estudadas, podendo naturalmente ser objeto de decisões políticas distintas, porém, permitindo uma base sólida para o estudo dos processos”, declarou.
Comentários