De acordo com o despacho publicado hoje em Boletim Municipal, Fernando Medina (PS) optou por não delegar em nenhum vereador o pelouro da Proteção Civil, uma das áreas em destaque no município em 2017, tutelada até outubro pelo vereador Carlos Castro, que saiu do executivo.
No início de março uma derrocada de um muro na Rua Damasceno Monteiro obrigou à evacuação de cinco edifícios, poucos dias depois abriu-se um buraco na estrada na Avenida de Ceuta e ainda no final de março ocorreu a deslocação de um pilar no viaduto de Alcântara. Em meados de agosto, a explosão de uma fuga de gás num prédio em Alfama fez seis feridos.
Apesar de Fernando Medina ter vencido as eleições de 01 de outubro para a presidência da Câmara de Lisboa, com 42,2% dos votos, perdeu a maioria absoluta na capital, ficando com menos três vereadores do que em 2013.
O partido alcançou assim oito mandatos, menos um do que os necessários para a maioria absoluta. O BE conseguiu um mandato e a CDU (PCP/PEV) manteve os dois que já tinha, enquanto o CDS conquistou quatro e o PSD ficou com dois.
Hoje foram conhecidas oficialmente as pastas dos sete vereadores do PS, dado que já era conhecida a do bloquista Ricardo Robles, que chegou a acordo com Medina, ficando com os Direitos Sociais (pasta que estava atribuída na anterior vereação a João Afonso), bem como com a Educação, que estava nas mãos de Catarina Albergaria. As questões de saúde – integradas no acordo com o BE - foram consideradas como um direito social.
Como caras novas na vereação aparecem Miguel Gaspar e Ricardo Robles, enquanto saíram os vereadores João Afonso, Catarina Albergaria, Jorge Máximo e Carlos Castro.
Miguel Gaspar ficou responsável pelas pastas da Mobilidade e Segurança, ficando a seu cargo a Direção Municipal de Mobilidade e Transportes e a Polícia Municipal.
Duarte Cordeiro mantém a vice-presidência da autarquia com os pelouros da Economia, Inovação, Serviços Urbanos e Desporto. Já Manuel Salgado mantém as pastas do Planeamento, Urbanismo, Património e Obras Municipais, deixando de ficar sob sua alçada a Reabilitação Urbana e o Espaço Público.
João Paulo Saraiva continua com a pasta das Finanças e a de Recursos Humanos na autarquia, juntando-lhes agora a pasta dos Sistemas de Informação.
A vereadora Paula Marques mantém as pastas da Habitação e Desenvolvimento Local, enquanto Catarina Vaz Pinto continua com a pasta da Cultura, à qual juntou as Relações Internacionais, que eram da responsabilidade de Carlos Castro.
Já José Sá Fernandes continua a tutelar as pastas de Ambiente, Estrutura Verde, Clima e Energia.
Manuel Salgado, Catarina Vaz Pinto e José Sá Fernandes são vereadores na capital desde a gestão do socialista António Costa, que deixou a presidência municipal em 2015 para se candidatar a primeiro-ministro.
Fernando Medina assumiu então o seu lugar.
O PS tem vindo a contar, desde 2009, com o apoio dos movimentos independentes Cidadãos por Lisboa (liderado por Helena Roseta, presidente da assembleia municipal) e Lisboa é Muita Gente (encabeçado por José Sá Fernandes).
O acordo assinado para estas autárquicas com os Cidadãos por Lisboa entregava ao movimento de cidadãos a indicação do terceiro lugar na lista de candidatos.
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