Na habitual conferência de imprensa mensal, Julie Kozack escusou-se a especular sobre os planos económicos protecionistas do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que planeia, por exemplo, impor maiores tarifas, especialmente em produtos chineses.
“Quanto ao impacto de possíveis políticas que possam ser implementadas, é muito cedo para especular. O que faremos é avaliar essas políticas à medida que forem implementadas”, disse a responsável do FMI, na primeira conferência após a vitória do candidato republicano nas eleições de 05 de novembro.
Nas últimas reuniões anuais do FMI, realizadas no final de outubro, foram muitas as mensagens de alerta face às políticas protecionistas, que segundo a instituição impactam negativamente o crescimento global.
O economista-chefe do FMI, Pierre-Oliver Gourinchas, por exemplo, reconheceu que a instituição de Bretton Woods está “muito preocupada” com uma possível “escalada das tensões comerciais entre diferentes regiões”.
Ainda assim, a porta-voz do FMI, quando questionada sobre as preocupações da instituição relativamente às propostas da nova administração Trump, que tomará posse em janeiro de 2025, salientou que “o impacto exato de qualquer uma destas políticas dependerá em grande parte dos detalhes” e, que, por isso, vão “esperar para vê-los antes de fazer a avaliação”.
O FMI fará “uma avaliação completa de todas as políticas” assim que os detalhes forem conhecidos e “essas políticas estiverem totalmente desenvolvidas”, concluiu.
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