Segundo o diretor regional dos Assuntos do Mar do Governo dos Açores, Filipe Porteiro, “infelizmente, este é o desfecho expectável” para um animal que “não se encontra adaptado às condições ambientais existentes nos Açores”, explicou, citado em nota de imprensa.
A foca foi “continuamente acompanhada, desde o seu avistamento inicial, por parte das entidades com competência na matéria, e de acordo com o aconselhamento técnico e científico de vários especialistas nacionais e internacionais de entidades de referência de investigação e conservação destes organismos”, acrescentou o governante.
As autoridades vão remover a foca do local “para que os especialistas possam proceder à sua necropsia e, em caso de necessidade, mais informação será tornada pública”, refere a nota enviada pelo executivo.
O animal que foi hoje encontrado morto era um adulto com cerca de 180 centímetros e, quando foi avistado, não aparentava “ter lesões visíveis ou debilidade motora”, disse, então, Filipe Porteiro.
Esta espécie, que habita no Ártico, onde constitui colónias numerosas, já tinha sido avistada na ilha do Pico, em 2002, altura em que foi encontrado morto um adulto de 170 centímetros.
Nos Açores registam-se “dezenas de eventos de arrojamento de espécies de cetáceos e tartarugas, bem como de outros animais pouco frequentes ou pouco conhecidos da população açoriana”, e como tal foi implementada a Rede de Arrojamentos de Cetáceos dos Açores (RACA), que opera em todas as ilhas do arquipélago.
Desde 1990, a rede já detetou cerca de uma centena de tartarugas marinhas, mais de quatrocentos cetáceos e uma dezena de focas.
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