A greve parcial foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) e está a decorrer entre terça e quinta-feira, com paralisações de duas horas por turno.

“O segundo dia manteve-se exatamente nos mesmos moldes [do primeiro], em que há massivamente trabalhadores em greve. Massivamente naquilo que se nota nas ruas [equipas de fiscalização], nos reboques, nos parques de estacionamento, mesmo no centro histórico”, disse à agência Lusa Orlando Gonçalves, do CESP.

À semelhança do que aconteceu na terça-feira, a greve parcial dos trabalhadores da EMEL voltou a afetar o funcionamento de vários equipamentos da empresa, nomeadamente os parques de rebocados dos Olivais e Entrecampos, assim como o funicular da Graça e as lojas das Laranjeiras e do Campo Grande.

“Ainda há pouco me mandaram fotos com papéis a dizer que por motivos de greve estavam encerrados, a pedir desculpa. Vemos parques de estacionamento que estão com as cancelas para cima. Nos centros históricos os pilaretes estão com as baias para baixo. Não se está a ver também nenhum reboque”, descreveu.

O sindicalista lamentou que nem a Câmara de Lisboa, nem a administração da EMEL tenham contactado o sindicato para retomar as negociações.

“Não houve qualquer contacto, nenhuma diligência, infelizmente. Da nossa parte estamos completamente disponíveis para isso”, assegurou.

A Lusa contactou fonte da administração da EMEL, mas ainda não obteve resposta.

Numa nota enviada à Lusa na segunda-feira, a EMEL assegurou que mantém os compromissos assumidos no Acordo de Empresa e o empenho no diálogo com os trabalhadores.

“O conselho de administração mantém o empenho no diálogo social com as estruturas representativas dos trabalhadores, contribuindo para um equilíbrio sustentável e harmonioso da empresa, reforçando os direitos laborais dos seus colaboradores, mantendo os compromissos assumidos no acordo empresa em vigor”, lia-se na nota da EMEL.

A EMEL conta com cerca de 700 trabalhadores.