O general Manuel Rolo frisou que a Força Aérea “não pode prescindir da manutenção do nível de atualização” dos F-16 sob pena de o país “deixar de ser relevante no quadro da operação internacional e mesmo nacional”.
Manuel Rolo disse que a FAP vai ter de encontrar uma “fonte de financiamento para garantir esse nível de atualização durante mais uns anos” e adiantou que “está a ser considerada” a hipótese de alienação de mais cinco F-16 à Roménia.
O valor a obter com a venda de mais cinco aeronaves “seria necessário e suficiente para compensar esse défice do financiamento que saiu para outros programas”, considerou, dizendo que a “preocupação existe mas há forma de a conter e de a mitigar no futuro”.
O CEMFA respondia ao deputado do CDS-PP João Rebelo numa audição parlamentar sobre a proposta de Lei de Programação Militar que será discutida no próximo dia 23 no parlamento.
A verba na proposta de LPM – proposta de lei que vai ser debatida no parlamento no próximo dia 23 - para a manutenção e atualização dos F-16 é de 202 milhões de euros, menos 11% do que o previsto na lei anterior, sublinhou.
Sobre os aviões F-16, que operam desde 1994, o general defendeu que deve ser pensada a sua substituição em 2025 porque “demora dez anos a implementar”.
No início da audição, o general Manuel Rolo afirmou que inicialmente a FAP tinha previsto contar uma verba global com 870 milhões de euros, mas o montante ficou nos 838 ME, face às prioridades definidas para os três ramos.
A FAP “quer consistência nas verbas atribuídas no primeiro quadriénio porque é aí que vai concentrar-se o grande esforço”, advertiu.
Manuel Rolo acrescentou que a “FAP tem 47% da LPM atribuída, no primeiro quadriénio”, justificando que a Força Aérea trabalha com “sistemas tecnologicamente evoluídos e mais caros e que, para garantirem o nível de operacionalidade, precisam deste nível de investimento”.
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