As razões da prisão de Bakr al Kassem, de nacionalidade síria, pela polícia militar local não foram reveladas, indicou a ONG com sede no Reino Unido.
A sua mulher, a jornalista Nabiha Taha, contactada pela AFP, disse que o casal foi preso na segunda-feira na cidade de Al Bab, perto da fronteira com a Turquia onde vivem, quando voltavam de carro após cobrir um evento.
"Fui liberada um pouco depois, mas o meu marido continua preso", acrescentou, indicando que não sabe o motivo da sua detenção e o local onde ele está preso
Nabiha Taha acrescentou que dois telefones foram confiscados durante uma apreensão em sua casa logo depois. Também levaram o computador e as câmaras fotográficas de Kassem.
O OSDH, que tem uma ampla rede de fontes na Síria, afirma que o jornalista foi "agredido durante sua prisão pela polícia militar e os serviços de inteligência turcos".
Questionado pela AFP, o chefe do "governo interino" sírio que administra essas regiões, Abdurahman Mustafá, afirmou que não foi informado sobre a detenção.
Bakr al Kassem trabalha desde 2019 para Agence France-Presse e cobriu diversos episódios da guerra na Síria, assim como terremoto mortal em fevereiro de 2023, no qual perdeu 17 membros de sua família. Também trabalha para a agência turca Anadolu e para meios locais sírios.
"Fazemos um apelo às autoridades locais no norte da Síria para que libertem imediatamente o nosso correspondente Bakr al Kassem e permitam que retome o seu trabalho livremente", declarou Sophie Huet, diretora da redação da AFP.
A Síria está dividida pela guerra, que começou em 2011 após a repressão de manifestações pró-democracia, e o Exército turco controla, ao lado de grupos vinculados, duas grandes regiões fronteiriças após ter realizado operações de grande envergadura contra os grupos curdos.
Comentários