Segundo revelou o Serviço Geológico dos Estados Unidos o sismo teve uma magnitude de 7,2 na escala de Richter, com o epicentro a 53 quilómetros de Pinotepa Nacional, Oaxaca, a uma profundidade de 24 quilómetros.
Já o Serviço Nacional Sismológico do México adianta também uma magnitude preliminar de 7,2, apontando também o epicentro em Pinotepa Nacional.
O sismo ocorreu pelas 17:39 do dia 16 de fevereiro (23:39 em Lisboa) e foi sentido principalmente nos estados de Oaxaca e Guerrero.
Segundo o coordenador nacional do serviço de proteção civil mexicano, Luis Felipe Puente, não se espera a formação de tsunami nas costas mexicanas.
A proteção civil da região de Oaxaca dá conta de danos materiais, mas esclarece que, até ao momento, não existem informações sobre vítimas. No entanto,
Algumas das principais infraestruturas do país têm estado a ser avaliadas pelas autoridades, que realizam voos de reconhecimento e esclarecem, na redes sociais, que nenhuma central de produção de energia elétrica foi afetada pelo abalo.
Também no Twitter, o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, divulgou uma mensagem, explicando que devido ao sismo foram ativados os protocolos da Proteção Civil e acionado do Comité Nacional de Emergência e do Centro Nacional de Prevenção de Desastres.
É nessa rede social que o serviço mexicano de proteção civil apela a que não se espalhem rumores e desinformação sobre o incidente, ao mesmo tempo que partilha informação sobre como os cidadãos se devem proteger destes abalos.
Na Cidade do México, centenas de pessoas abandonaram edifícios e abrigaram-se em esplanadas ou no meio das avenidas no centro da capital mexicana, para se protegerem de possíveis danos, segundo testemunhas da AFP no local.
"Saímos a correr, é a única coisa que podemos fazer", disse, com os olhos avermelhados e cheios de lágrimas, Kevin Valladolid, de 38 anos, moradora do bairro Roma, à agência francesa.
"A verdade é que já estamos bastante alterados. Com qualquer som de alarme, choramos, estamos muito 'stressados', vivemos um 'flash back'", acrescentou.
Por volta das 20:30 (2:30 de dia 17 em Lisboa) haviam já sido registadas 150 réplicas, segundo o serviço sismológico mexicano.
No passado dia 19 de janeiro foi registado um sismo de magnitude 6,3 no noroeste do México sem registo de vítimas e danos.
Já a 19 de setembro de 2017, um sismo de 7,1 na escala de Richter fez 366 vítimas mortais. Este terramoto seguiu-se a outro de maior intensidade – 8.1 na escala de Richter – que abalou, a 07 de setembro, os estados meridionais mexicanos de Oaxaca e Chiapas, matando quase 100 pessoas.
Oaxaca é um dos estados com maior atividade sísmica no México, registando aproximadamente 25% de todos os sismos naquele país da América Central. Esta sismicidade deve-se ao contacto convergente entre duas importantes placas tectónicas, com a subdução da placa de Cocos para baixo da placa norte-americana. A interação entre estas placas ocorre na costa do oceano Pacífico, de Chiapas a Jalisco, segundo explica o serviço de sismologia mexicano.
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