Segundo comunicado do Palácio do Eliseu, o Presidente deverá nomear "nas próximas horas" um novo primeiro-ministro e pedir-lhe que forme um novo Governo, que se espera que tome posse até ao final da próxima semana.
A demissão de Édouard Philippe veio acelerar a especulação que o agora ex-primeiro-ministro não deve conduzir a remodelação governamental. Ao mesmo tempo, o conselho municipal do Havre, cidade onde foi eleito presidente da Câmara no domingo passado, terá o seu conselho eletivo este sábado, permitindo a Philippe assumir funções como autarca.
Para além disso, os meios de comunicação franceses dão conta de uma correção feita à entrevista do Presidente Emmanuel Macron publicada hoje pelos meios de comunicação locais em que, numa primeira versão, o líder francês teria indicado com certeza a recondução do primeiro-ministro com a resposta a ser substituída por uma afirmação mais vaga.
O Presidente defenderá "um novo caminho" para o seu mandato através da reconstrução "económica, social, ambiental e cultural" do país.
Alguns dos nomes avançados para o lugar de primeiro-ministro incluem Jean-Yves Le Drian, atual ministro dos Negócios Estrangeiros, ou Florence Parly, atual ministra da Defesa, mas outros podem surgir.
A remodelação adivinha-se assim de grande amplitude e acontece depois de vários encontros do Presidente com figuras de destaque como os seus predecessores, Nicolas Sarkozy e François Hollande, mas também com autarcas e ainda os líderes da Assembleia Nacional e do Senado, assim como o presidente do Conselho Económico, Social e Ambiental.
Para substituir as várias baixas, o Presidente terá em mente perfis próximos da esquerda, nomeadamente personalidade envolvidas nos combates ecológicos e também tentará trazer mais mulheres com papéis de maior destaque para o Executivo.
A mudança de Governo era esperada após a segunda volta das eleições municipais de 28 de junho, marcada por uma forte abstenção, um revés para o partido presidencial e um impulso dos ecologistas nos centros urbanos.
Edouard Philippe, primeiro-ministro mais popular que Emmanuel Macron, de acordo com as sondagens, chegou da direita e nunca se juntou ao partido República em Marcha, do Presidente Macron.
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