Esta posição do antigo líder parlamentar do PS relativamente a Alexandre Guerreiro, que já foi quadro do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) e que tem justificado a intervenção militar russa na Ucrânia, consta de um comunicado pessoal que hoje enviou à agência Lusa.
“A permanência do dr. Alexandre Guerreiro junto da Presidência do Conselho de Ministros enxovalha o Estado português e colide radicalmente com o posicionamento político publicamente afirmado pelo Governo em relação à bárbara invasão russa do Estado soberano da Ucrânia”, sustenta Francisco Assis.
O antigo eurodeputado do PS afirma mesmo que Alexandre Guerreiro é “um colaboracionista do autocrático e criminoso poder instalado no Kremlin”, razão pela qual “não pode estar associado ao centro nevrálgico do poder político executivo português”.
“É imperioso, em nome da dignidade nacional e do respeito pelo martirizado povo ucraniano, que sejam adotadas as medidas conducentes à supressão desta grave anomalia institucional”, acrescenta Francisco Assis.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.232 civis, incluindo 112 crianças, e feriu 1.935, entre os quais 149 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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