Segundo o semanário satírico, que sai na quarta-feira, a mulher do candidato recebeu em 2002 “16 mil euros de indemnização, o equivalente a cinco meses de salário”, após um contrato de trabalho de cinco anos com o marido, apesar de ter sido contratada de novo pelo substituto de Fillon na Assembleia, Marc Joulard.
A publicação revela também que Penelope Fillon voltou a receber em novembro de 2013 “29 mil euros de bónus” depois de ter trabalhado de novo mais um ano e meio para o marido, que voltou a ser deputado.
François Fillon já refutou, em comunicado, as novas revelações do jornal, considerando que “são mentiras” e que os novos elementos apresentados “têm erros manifestos”, confundido várias somas que constam dos pagamentos.
A justiça francesa abriu um inquérito para esclarecer qual foi o trabalho efetuado durante 15 anos por Penelope Fillon como assistente parlamentar do marido em vários períodos (1988-1990, 1998-2002, 2012-2013) e de Marc Joulaud (2002-2007).
Depois das primeiras notícias sobre a contratação de familiares lhe terem causado dificuldades na corrida presidencial, Fillon deu na segunda-feira uma longa conferência de imprensa na qual defendeu a legalidade dos empregos que deu à mulher e aos dois filhos e garantiu que estes foram remunerados por um trabalho efetivo.
Até há pouco favorito nas sondagens, François Fillon surge agora como terceiro num inquérito publicado hoje sobre as intenções de voto para as eleições de abril, com 20%, atrás da candidata da extrema-direita Marine Le Pen (25%) e do centrista Emmanuel Macron (23%).
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