Discursando em Corrèze, onde foi eleito deputado com pelo menos 44% dos votos, Hollande destacou que o resultado, em que se evitou a vitória da extrema-direita que as sondagens previam, também foi conseguido com o contributo de “pessoas que não são de esquerda”.
Manifestou-se satisfeito com os números das projeções, segundo as quais o partido União Nacional (RN, na sigla em francês) ficou com uma representação “muito minoritária”, o que também confere “uma responsabilidade” à esquerda.
A sua área política, defendeu, deve “fazer toda a pressão necessária” para que se apliquem medidas como o congelamento dos preços do gás, o aumento do salário mínimo e a anulação da reforma do sistema de pensões proposta pelo Presidente, Emmanuel Macron.
O ex-chefe de Estado (entre 2012 e 2017) considerou que o papel das forças de esquerda deverá ser o de “trazer calma” após a polarização sentida durante a campanha eleitoral e ter em conta as dificuldades sentidas por muitos franceses, continuando a ser “ardentes defensores da justiça social e da democracia”.
Para a Nova Frente Popular, em que se inclui o partido de Hollande, foram apontados entre 172 a 215 deputados, de acordo com as projeções de quatro institutos, que colocam os macronistas em segundo lugar, com 150 a 180 lugares, à frente do partido de extrema-direita União Nacional, com 115 a 155 deputados eleitos.
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