A União Internacional das Superioras Gerais (UISG), que representa líderes de cerca de 400 mil freiras, emitiu hoje uma declaração após a sua assembleia trienal.
O grupo refere que as 850 superioras que participaram foram informadas dos diferentes tipos de abuso de poder que as irmãs podem sofrer e da importância em ensiná-las a enfrentá-los, incentivando-as "a iniciar conversas abertas" sobre o assunto nas suas congregações.
Na declaração final, a União Internacional das Superioras Gerais condena o abuso de todos os tipos, incluindo o abuso de mulheres religiosas.
De 6 a 10 de maio de 2019, a XXI Assembleia Plenária da UISG, que teve lugar em Roma de 06 a 10 de maio, reuniu mais de 850 superiores gerais de 80 países, mas só agora foi divulgado o comunicado final dando conta que, durante a assembleia, o conselho executivo apresentou aos participantes as duas declarações públicas emitidas pela UISG, condenando abusos de todo tipo, incluindo o abuso de religiosas.
A primeira declaração foi feita em novembro de 2018 pela UISG e a declaração de fevereiro de 2019 foi desenvolvida com a União dos Superiores Gerais.
Carmen Sammut, presidente cessante da UISG, falou sobre a necessidade de novas abordagens para responder ao abuso de menores e adultos vulneráveis em congregações religiosas e na Igreja, descrevendo quatro iniciativas concretas que a UISG está a desenvolver atualmente.
As iniciativas preveem a criação de uma comissão sobre as múltiplas dimensões do “cuidado de pessoas”, ‘workshops’ sobre o cuidado de pessoas e a criação de ambientes seguros, a ajuda aos membros de congregações para formular e implementar protocolos, códigos de conduta e diretrizes de salvaguarda em colaboração com a Pontifícia Comissão para a Proteção de Menores, e a criação com as conferências dos religiosos de grupos de escuta de profissionais que possam oferecer acompanhamento às vítimas.
O abuso sexual de freiras por padres tem sido tabu há séculos, mas notícias recentes quebraram o silêncio.
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