Os cinco funcionários de uma empresa de handling do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, que, na passada segunda-feira, desviaram duas malas, com 50 quilos de cocaína, do porão de um avião oriundo das Caraíbas, foram detidos, em plena via pública, a entregar o material.
De acordo com o Jornal de Notícias, um dos funcionários que recolheu a bagagem, previamente marcada com sinais reconhecidos pelos membros do cartel, colocou-a dentro de um carro e saiu do aeroporto.
Num local discreto, mas ainda nas imediações da infraestrutura aeroportuária, entregou a droga a dois elementos de uma rede internacional de narcotráfico. A entrega decorria sem sobressaltos, mas a Polícia Judiciária (PJ), que já investigava o grupo há vários meses, assistia a tudo.
Foi durante a operação "Limpeza Profunda - Take 10" que as autoridades detiveram os três homens. "Take 10", uma vez que este é o número de vezes que a PJ, em menos de dois anos, deteve funcionários de empresas a laborar no aeroporto de Lisboa com ligações a cartéis de droga.
Quando abriram as malas, os inspetores encontraram cinco sacos de desporto carregados com 50 quilos de cocaína, avaliados em mais de 1,2 milhões de euros.
Mais tarde, a PJ deteve os restantes elementos. Todos eles portugueses, e com idades entre os 24 e os 51 anos, foram interrogados e colocados em prisão preventiva.
Cada um dos homens envolvidos no esquema terá recebido mais de dez mil euros por cada mala desviada, avança a publicação.
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