Hoje de manhã, várias dezenas de pessoas percorreram dois quilómetros entre a Igreja de Santa Maria de Trastevere, em Roma, e a praça de S. Pedro, no Vaticano, lideradas pelo cardeal filipino Luis Antonio Tagle, presidente da Caritas Internacional.
Iniciativas idênticas aconteceram já no Chile, Nova Zelândia, Canadá, Estados Unidos e no Reino Unido, e outras estão em curso, segundo a organização católica.
"A marcha de hoje pretende demonstrar que no fundo somos todos iguais, a solidariedade e a fraternidade são coisas que devemos viver no quotidiano e não devemos ter medo", disse à agência noticiosa France Presse uma estudante italiana, identificada como Sara.
"Estamos aqui para todos, não apenas para mim, mas para todas as pessoas depois de mim", disse Beauty Wago, uma nigeriana que desembarcou há dois anos na ilha italiana de Lampedusa.
"Muitos estão com medo quando ouvem a palavra migração, mas já conheceram um migrante?... Já olharam para um migrante nos olhos?... Percebemos que eles não são realmente estrangeiros", disse o cardeal Tagle.
Os participantes chegaram à praça de São Pedro, no Vaticano, no momento da oração do Angelus, à qual assistiam milhares de fiéis, tendo o papa Francisco saudado a sua iniciativa.
"Vós efetuastes uma pequena peregrinação em Roma para expressar o desejo de caminhar juntos, para se conhecerem melhor. Encorajo esta iniciativa de partilhar o caminho, que pode transformar o nosso relacionamento com os migrantes", disse o pontífice no final da oração.
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