“O Irma é o furacão mais forte registado no Atlântico até à data”, disse uma porta-voz da OMM, Clare Nullis, numa conferência de imprensa em Genebra.
O furacão manteve-se vários dias na categoria máxima da escala de Saffir-Simpson, devastando cidades inteiras nas Caraíbas, e perdeu força nas últimas horas, passando para a categoria 4 da mesma escala.
O Irma bateu vários recordes, entre os quais o de intensidade, ao manter por mais tempo que nenhum outro — 37 horas consecutivas – ventos de quase 297 quilómetros por hora.
O recorde pertencia ao tufão Hayan, nas Filipinas em 2013, que manteve ventos dessa velocidade durante 24 horas.
O Irma bateu igualmente os recordes de energia acumulada, gerando em sete dias mais energia que a que foi criada pelos oito furacões que o antecederam na região, incluindo o Harvey, que devastou o Texas no final de agosto.
Questionada sobre a influência das alterações climáticas nestes fenómenos, a porta-voz citou conclusões do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas, segundo as quais o aquecimento global aumenta a força dos furacões.
Espera-se, nesse sentido, que se registem mais furacões de categoria 4 ou 5 no século XXI que os ocorridos no século XX.
A Organização Mundial de Meteorologia é uma agência especializada da ONU para a meteorologia e o clima.
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