“A UE rejeita qualquer conquista do poder pela força no Gabão e apela a todos os intervenientes para que exerçam moderação”, disse o alto-representante para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, em comunicado, enquanto participa em reuniões com os ministros dos 27 com a pasta da diplomacia, na cidade espanhola de Toledo.
Borrell acrescentou que “os desafios que o Gabão está a encarar têm de ser resolvidos respeitando os princípios do Estado de direito”, a Constituição e a democracia.
E dramatizou: “A paz e a prosperidade do país, assim como a estabilidade regional, dependem disso”.
Contudo, à semelhança daquilo que disse durante a manhã de hoje, o chefe da diplomacia europeia escreveu que os 27 partilham “sérias preocupações sobre a maneira como o processo eleitoral, que precedeu o golpe militar, foi organizado e conduzido”.
O Presidente do Gabão, Ali Bongo, está no poder desde 2009. O antecessor é o seu pai, Omar Bongo, que estava no poder desde 1967.
“Um diálogo inclusivo e substantivo que assegure que o Estado de direito e os direitos humanos são respeitados, em vez da força, é a maneira de assegurar que a vontade, tal como foi expressa pela população gabonesa, seja respeitada”, finalizou Borrell.
À entrada para a reunião com os governantes em Toledo, Josep Borrell revelou que a União Europeia tem de reavaliar a estratégia diplomática para África, depois de vários golpes nos últimos anos, dois no espaço de um mês (Níger e Gabão).
“É porque alguma coisa correu mal”, comentou, sem detalhar.
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