As deficiências no gasoduto Nord Stream 2, que funciona em paralelo com o Nort Stream 1, foram detetadas na noite de domingo.
“As autoridades já foram informadas de que se registam dois pontos de fuga no gasoduto Nord Stream 1, que também não está operacional, mas que contém gás”, disse o ministro dinamarquês para o Clima e a Energia através de um comunicado citado pela agência France Press.
Na mesma nota, o governo da Dinamarca diz que o país está a “incrementar o nível de preparação do setor de eletricidade e do gás” mas não forneceu mais detalhes.
Hoje, a empresa que gere a infraestrutura comunicou que o Nord Stream 1 “também sofreu quebras de pressão” após as deficiências verificadas no Nord Stream 2, bloqueado após a invasão russa da Ucrânia.
“Na última noite, os funcionários do centro de controle do Nord Stream 1 registaram uma falha na pressão em ambos os tubos do gasoduto. Os motivos (da falha) estão a ser investigados”, disse a companhia Nord Stream AG, com sede na Suíça, em comunicado.
Por outro lado, a agência russa Interfax, que cita a Administração Marítima da Dinamarca, noticiou fugas de gás na Zona Económica Exclusiva dinamarquesa, a noroeste da ilha de Borbholm, no Mar Báltico.
Este incidente ocorre depois de ter sido detetado na noite de domingo para segunda-feira uma fuga num dos tubos do Nord Stream 2, também na Zona Económica Exclusiva dinamarquesa, mas a sudeste de Bornholm, noticiou a Interfax.
O governo da Alemanha disse na segunda-feira que se verificou uma queda da pressão no Nord Stream 2 que se encontra concluído, com gás nos tubos, mas que não importa combustível depois de Berlim ter suspendido o processo.
Em concreto, a certificação do segundo gasoduto de gás russo para a Alemanha, através do Báltico, foi bloqueada por Berlim como resposta ao reconhecimento por parte de Moscovo das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, no passado mês de fevereiro.
O Nord Stream 1, com capacidade para enviar 55 mil milhões de metros cúbicos de gás russo por ano, está parado depois de a Rússia ter comunicado uma fuga de óleo numa estação de compressão que ainda se encontrava a funcionar.
Moscovo afirma que a turbina afetada pela avaria, tal como outras que têm verificado falhas, não pode ser reparada pela empresa Gazprom, que controla a infraestrutura, devido às sanções internacionais.
Esta posição de Moscovo é encarada pela União Europeia como “uma desculpa” que funciona como chantagem contra a Europa usando o “gás como uma arma”.
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