“Concordámos que temos de ir em frente com as câmaras para os agentes da Polícia Montada do Canadá Real [RCMP, na sigla inglesa]”, disse Justin Trudeau, citado pela agência France-Presse, depois de uma reunião com a comissária da RCMP, Brenca Lucki.
O chefe do Governo canadiano acrescentou que pretende levantar a questão junto das autoridades responsáveis pelas polícias provinciais e municipais, durante esta semana.
“Temos de trabalhar juntos”, prosseguiu Trudeau, sublinhando que os equipamentos de vídeo “são um elemento de transparência” e que seriam “muito importantes para as forças policiais” do Canadá.
Na sequência das manifestações que decorreram por todo o mundo, incluindo no Canadá, para contestar a morte do cidadão afro-americano George Floyd, em Minneapolis, no Estado norte-americano do Minnesota, Trudeau prometeu medidas “ousadas, concreta e rápidas” para responder às exigências dos manifestantes canadianos.
George Floyd, de 46 anos, morreu em 25 de maio, em Minneapolis (Minnesota), depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção, apesar de Floyd dizer que não conseguia respirar.
A sua morte inspirou protestos nos Estados Unidos e em todo o mundo e chamou uma vez mais a atenção para o modo como a polícia e o sistema de justiça norte-americanos tratam os afro-americanos.
O ex-vice-Presidente dos Estados Unidos Joe Biden deverá deslocar-se a Houston para se encontrar com a família de Floyd e disponibilizará uma mensagem em vídeo para o funeral, disse no domingo um assessor do candidato democrata às presidenciais de novembro próximo dos Estados Unidos.
O assessor, que não quis ser identificado, indicou que Biden não deve assistir ao funeral.
No tributo em Minneapolis, na quinta-feira, os presentes estiveram em silêncio durante oito minutos e 46 segundos, o tempo que o Ministério Público diz que Floyd esteve preso ao chão sob o joelho do polícia.
Floyd cresceu numa zona de Houston chamada Third Ward e era um conhecido jogador de futebol americano no secundário além de ter colaborado como ‘rapper’ com o famoso músico local DJ Screw. Mudou-se para Minneapolis há vários anos para procurar trabalho.
O seu rosto aparece agora num mural no seu antigo bairro e o seu nome foi cantado por dezenas de milhares na semana passada numa marcha de protesto no centro de Houston.
Comentários