“Gibraltar terá necessidade de uma direção estável e forte devido ao ‘Brexit’, em particular se também ocorrer uma eleição [antecipada] no Reino Unido e outra em Espanha”, um país politicamente bloqueado há cinco meses, declarou Fabian Picardo, eleito para um segundo mandato em 2015.
As eleições do parlamento local (17 lugares), que decorrem de quatro em quatro anos, deveriam ocorrer antes do final de 2019, mas ainda não tinha sido fixada qualquer data.
Em 2016, Gibraltar votou por larga maioria a favor da permanência do Reino Unido na União Europeia.
“Não queremos deixar a UE, mas se a deixarmos, e pouco importa a forma como suceder, estamos preparados”, assegurou Picardo, cujo partido trabalhista-socialista (GSLP) governa em coligação com o partido liberal (LPG) desde 2011.
Em caso de saída do Reino Unido sem acordo, Gibraltar, com cerca de 30.000 habitantes, poderá sofrer pesadas consequências no caso do restabelecimento de controlos na fronteira com Espanha.
Devido aos seus benefícios fiscais, Gibraltar garante uma economia florescente, em particular garantida pelas empresas de jogos de apostas, incluindo nas competições desportivas.
A data das eleições em Gibraltar vai coincidir com o início de uma cimeira de dois dias em Bruxelas que poderá ser a última oportunidade para concluir um novo acordo entre a UE e Londres antes da data do ‘Brexit’, fixada para 31 de outubro.
Território de 6,2 quilómetros quadrados, com uma posição estratégica e situado na extremidade sul da Península ibérica, que a Espanha cedeu em 1713 à coroa britânica, Gibraltar continua a ser reivindicado por Madrid.
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