Em declarações aos jornalistas, no posto de comando instalado junto à igreja matriz de Proença-a-Velha, o capitão Jorge Massano, da GNR de Castelo Branco, referiu que as buscas vão ser "alargadas de fora para dentro, com recurso a veículos todo o terreno".
Na conferência de hoje à tarde, o responsável pela operação disse que o "esforço das buscas" vai incidir numa área onde foi encontrada uma bota e uns calções de criança, que fica a cerca de 1.300 metros do sítio onde já tinha sido encontrado uma camisola de criança.
Segundo Jorge Massano, nas operações continuam envolvidos 127 elementos, entre GNR, bombeiros, proteção civil municipal, sapadores florestais e voluntários, com apoio de equipas cinotécnicas, drones e mergulhadores, que estão a vistoriar poços e linhas de água.
No entanto, adiantou que está a ser estudado o reforço de meios, o que às 16:00 ainda não se verificava.
O capitão Jorge Massano disse ainda aos jornalistas que, para já, não existe qualquer previsão para a interrupção ou cancelamento das buscas, e que os pais da criança desaparecida têm colaborado nas operações.
A criança terá desaparecido na quarta-feira da casa dos pais, situada a cerca de 1,5 quilómetros do núcleo central de Proença-a-Velha, entre as 05:00 e as 08:00.
Dezenas de voluntários, muitos deles estrangeiros, participam nas buscas de criança desaparecida
Dezenas de voluntários, muitos deles estrangeiros, estão a participar nas buscas da criança de dois anos e meio que está desaparecida desde quarta-feira em Proença-a-Velha.
Dos voluntários no terreno, apenas uma dúzia está inserida nas equipas coordenadas pela GNR, segundo o capitão Jorge Massano, do Comando de Castelo Branco, que coordena as operações no terreno.
Nas zonas de busca, a reportagem da agência Lusa encontrou muitos voluntários, que se recusaram a prestar declarações.
A mais de um quilómetro da casa de onde desapareceu a criança, os ingleses Chris Hills e Lief Stone, de 37 e 33 anos, respetivamente, andam de bicicleta na tentativa de encontrar o rasto de Noah, de dois anos e meio.
"Vi o que estava a acontecer na televisão e na quarta-feira à noite já vim participar nas buscas", disse Lief Stone, que tem dois filhos, um de sete anos e outro de um ano e meio.
Hoje, juntamente com o amigo Chris Hills, ambos trabalhadores da construção civil, tiraram o dia para participarem nas buscas e acreditam num "final feliz".
"Tentámos vir à beira rio desde a casa dos pais da criança", disseram.
À beira do leito do Rio Torto, um dos efluentes do Ponsul, a agência Lusa encontrou o investigador criminal Paulo Fazenda, que estava de férias em Espanha e veio participar nas buscas como voluntário.
Atuando por "conta e risco", sem estar integrado em nenhuma equipa, o investigador salientou a mobilização da população, considerando que "devia ser sempre assim" em situações deste género.
Comentários