Este anúncio foi feito antes da intervenção final do primeiro-ministro, António Costa, numa sessão no Barreiro, no primeiro de dois dias da iniciativa intitulada “Governo + Próximo”, que até quinta-feira será dedicada ao distrito de Setúbal.

Na sua intervenção, Fernando Medina referiu que o Conselho de Ministros de quinta-feira aprovará uma resolução que marca “o arranque dos aspetos concretos e nucleares para o desenvolvimento” da Península de Setúbal.

“Não queremos que esta região seja um dormitório da cidade de Lisboa, mas um polo gerador de emprego altamente qualificado, capaz de propiciar melhores salários, oportunidades de vida para os jovens e que seja um referencial de qualidade de vida própria dos modernos espaços urbanos — uma condição também indispensável de competitividade”, declarou o titular da pasta das Finanças.

Fernando Medina adiantou então que o Conselho de Ministros, de quinta-feira. Vai estabelecer a “assunção integral pelo Estado, através do fundo ambiental e do Orçamento do Estado, das verbas para a descontaminação dos solos” em concelhos da margem sul do Tejo”.

“E aqui que tem residido um dos principais obstáculos”, disse, numa alusão às discussões “entre estratégias de descontaminação, verbas e entidades responsáveis”, assinalando, depois, que o projeto será desenvolvido em parceria com os organismos do Ministério do Ambiente.

O ministro das Finanças referiu-se em seguida a um conjunto de alterações dominiais, que vão permitir uma integração das áreas industriais, de comércio e de serviços, tendo em vista a concretização da estratégia de requalificação do arco ribeirinho sul.

“Avançará ainda a definição dos principais investimentos públicos. Ou seja, a concretização das velhas ambições das pontes [Barreiro] que alterarão a forma de mobilidade deste território, a expansão do metro sul do Tejo e a via ribeirinha de ligação de Alcochete até Almada — projeto que marcará um padrão de qualidade de vida neste território”, especificou.

Fernando Medina falou ainda da requalificação da estação fluvial do Barreiro, lembrando que ele, enquanto presidente da Câmara de Lisboa, requalificou “a sua irmã do outro lado do Tejo”, a do Terreiro do Paço.

“Queremos que esta seja uma zona de novas empresas, novas atividades, de habitação acessível e que possa fixar população”, acrescentou.